Administração de Dados Setorial

Autor: Carlos Alberto Sowek

Para atender as expectativas atuais com relação a uma administração eficiente do legado e para atender as novas tecnologias se faz necessário definir quais os papéis das pessoas que vão fazer a Administração de Dados Setorial (ADS). As atividades de ADS estão previstas no Modelo de Administração de Dados proposto para a Celepar e, neste momento, começa a aparecer a necessidade de alocar técnicos para executar estas tarefas.

Levando em consideração o material já publicado pela área de Administração de Dados (AD), onde constam algumas definições e conceitos utilizados, propomos a seguinte definição:

ADMINISTRAÇÃO DE DADOS SETORIAL (ADS)

Por ADS pretendemos designar um agente de Administração de Dados que atue no processo de desenvolvimento e que seja responsável pela AD, de uma área definida. Este agente deverá assumir mais fortemente as atribuições do AMD (Administrador de Metadados), com algumas funções de ADI (Administrador de Dados e Informações) e ABD (Administração de Banco de Dados), conforme definido no modelo de AD (1).

De acordo com os relatórios técnicos produzidos anteriormente PRJAD044 (Definição de solução para atuação da administração de dados no processo de desenvolvimento) e PRJAD054 (Definição de atividades de administração de dados no processo de desenvolvimento conforme níveis de abrangência) - onde no primeiro relatório constam a missão, responsabilidades, atividades e instrumental para o ADS, e no segundo relatório temos elencadas as atividades de ADS segundo os níveis os estágios evolutivos da organização proposto por Richard Nolan e definidos para a operacionalização das atividades de ADS na Celepar - mostramos, a seguir, os níveis 1 e 2 os quais consideramos pertinentes neste momento. Os níveis 3 e 4 devem considerados em estágios futuros:

Nível 1 - Aplicação

PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO

PROCESSO DE AD

Avaliação técnica dos modelos de dados:

Modelo lógico e de implementação

Administração dos Modelos de Dados
Avaliação das definições dos itens de dados no Dicionário de Dados Corporativos. Administração do Dicionário de Dados Corporativo
Geração dos esquemas no Banco de Dados Monitoramento (auditoria) dos bancos de dados
Disponibiliza Classes de Objetos Genéricos Prover novas classes e objetos genéricos
Apoia controle de integridade de dados Audita Integridade de dados (Entidade, Domínio e Referencial)
Disponibiliza Classes de Objetos de Negócio Prover novas classes de Objetos de Negócio
Apoia Análise de Dados e NI e Coordena MCD - Modelagem Conceitual de Dados, junto com analistas e usuários Compatibilização entre modelos de aplicações de mesmo SI

Nível 2 - Sistemas De Informação

PROCESSO DE DE

SENVOLVIMENTO

PROCESSO AD

Avaliação técnica dos modelos de dados:

Modelo lógico e de

implementação

Administração dos Modelos de Dados

Avaliação das definições dos itens de dados no Dicionário de Dados Corporativos.

Administração do Dicionário de Dados Corporativos

Geração dos esquemas no Banco de Dados

Monitoramento (auditoria) dos bancos de dados

Disponibiliza Classes de Objetos Genéricos

Prover novas classes e objetos genéricos

Apoia controle de integridade de dados

Audita Integridade de dados Entidade e Domínio.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

MODELO CONCEITUAL DE ADMINISTRAÇÃO DE DADOS SIMPLIFICADO

SIGLA

DESCRIÇÃO

PAPEL

GPS

Gerente de Projetos de Sistemas Gerencia todos os projetos

CT

Coordenador Técnico Coordena projetos de vários clientes

LP

Líder de Projeto Coordena um projeto específico

AI

Analista de Informática Trabalha em um projeto específico

ADS

Administrador de Dados Setorial Administra dados a nível de sistemas de informação e cliente

ABD

Administrador de Banco de Dados Mantém operacional um banco de dados

AD

Administrador de Dados Coordena e apoia todas atividades de AD

ARI

Administrador de Recursos para Informação Sinônimo de AD que tenciona melhor designar todas as suas atividades

Este modelo representa o relacionamento dos principais objetos envolvidos nos processos de Administração de Dados e de Desenvolvimento.

A seguir, definimos os procedimentos para os ADS, procedimentos estes que direcionam no sentido de estabelecer um plano de trabalho a ser seguido pelos ADS nas equipes onde vão atuar.

PROCEDIMENTOS

Do Analista:

  • Elaborar o modelo de dados a partir do levantamento de dados;
  • Discutir o modelo de dados prévio com o Administrador de Dados Setorial respectivo;
  • Elaborar o projeto físico do banco de dados;
  • Discutir o projeto físico do banco de dados com o Administrador de Dados Setorial respectivo;
  • Solicitar a geração ou modificação física dos bancos de dados.

Do Administrador de Dados Setorial:

  • Infra-estrutura de apoio: implantar ferramenta CASE; implantar produtos de conectividade com o banco de dados, no caso do Sybase;
  • Levantar modelos existentes, criando com isto o metamodelo;
  • Gerenciar atualização dos metadados no dicionário de dados;
  • Centralizar definição de regras de negócio para uso geral;
  • Promover modelagem conceitual de dados e zelar pela qualidade destes;
  • Participar da modelagem de dados, nas revisões ou na elaboração do modelo, e em reunião de modelagem com o cliente;
  • Promover a integração das bases de dados dos clientes, minimizando e controlando redundâncias;
  • Promover integração de bases de dados com outras instituições;
  • Assegurar integridade referencial de dados;
  • Centralizar e gerenciar a geração e manutenção de esquemas de banco de dados;
  • Centralizar as reivindicações da equipe para serem discutidas com os demais ADS e com a área de AD;
  • Ser o disseminador e a pessoa de referência da equipe com relação às questões de ferramental disponível e em termos de metodologia a ser utilizada no caso de modelagem de dados.

Do Grupo de Administradores de Dados Setoriais:

  • Manter intercâmbio de experiências, divulgando as soluções adotadas para alguns problemas específicos, e manter unidade de ação entre ADS’s;
  • Estabelecer e manter os padrões existentes: política de "naming"; glossário de termos; padrão Sybase e Adabas;
  • Disseminar informações teóricas e tecnológicas sobre o dado como recurso organizacional;
  • Homologar técnicas e ferramentas de administração de Dados.