Coluna do Estagiário Celepariano: Tempo de estágio é tempo de estagiar

Autor: Wilson Mauri de Bonfim - GPS

"Tudo neste mundo tem o seu tempo; cada coisa tem a sua ocasião.

Há tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de plantar e tempo de arrancar; tempo de matar e tempo de curar; tempo de derrubar e tempo de construir.

Há tempo de ficar triste e tempo de se alegrar; tempo de chorar e tempo de dançar; tempo de espalhar pedras e tempo de ajuntá-las; tempo de abraçar e tempo de afastar.

Há tempo de procurar e tempo de perder; tempo de economizar e tempo de desperdiçar; tempo de rasgar e tempo de remendar; tempo de ficar calado e tempo de falar.

Há tempo de amar e tempo de odiar; tempo de guerra e tempo de paz." Eclesiastes 3:1-8.

O magnífico texto bíblico acima remeteu os meus pensamentos para os estagiários, aqui na CELEPAR e em outras empresas, e os seus diferentes modos de encarar o estágio.

Alguns tratam o estágio apenas como obrigação a cumprir junto à Instituição de Ensino e outros encaram como uma fonte de renda, inclusive procurando acumular mais de um estágio em detrimento do tempo a ser dedicado ao estudo.

Felizmente, a grande maioria entende que este período é o tempo de aprendizado e da aplicação prática complementar à base teórica obtida nos bancos escolares, tornando-os aptos e com sólida formação para as situações futuras da profissão que escolheram.

O tempo de estágio deve ser usado para desenvolvimento e consolidação do aprendizado do seu curso universitário e envolvimento com atividades correlatas, e não como pseudo-emprego ou algo que lhes dá ganho financeiro.

Estágio não é emprego e não pode ser encarado como tal. Há tempo para estagiar e tempo para trabalhar.

Dentro destes critérios, o estagiário deve se abster dos estágios de tempo integral; de fazer mais de um estágio ao mesmo tempo; e principalmente dos pseudo-estágios, nos quais as atribuições não têm relação alguma com a sua área de estudo.

Mas por que, sabendo de tudo isto, grande parte dos estudantes teimam em proceder de modo incorreto?

Porque as empresas criam as condições para os estudantes agirem desta forma.

O oferecimento de estágio de oito horas com bolsa atrativa leva o estudante, com a promessa do ganho maior, a abdicar do tempo necessário ao estudo diário em prejuízo da sua própria formação.

Não seria mais produtivo para empresas e estudantes a oferta de duas vagas de quatro horas? Pense nisso, empresário, principalmente quando o estudante deixa o estágio, e você, se tivesse dois de quatro horas, poderia buscar um novo estagiário que aprenderia também com o estagiário mais antigo.

E você, empresário, que busca estagiários já "prontos", treinados por outra empresa, para oferecer "estágio"? Está realmente oferecendo estágio, ou você está buscando mão-de-obra a baixo custo?

Tão logo o estudante é aceito como estagiário na CELEPAR, dentro da GPS-Gerência de Projetos e Sistemas, ele passa por treinamento intensivo, nunca inferior a 40 horas. Durante o estágio de um ano, o estagiário tem, em média, outras 40 horas de treinamento e 40 horas em reuniões, que envolvem palestras abordando assuntos diversos.

As avaliações são constantes e periódicas e buscam o aprimoramento profissional e de relacionamento no trabalho.

Para os estagiários com bom desempenho e que mostram interesse, o estágio pode ser renovado para mais um ano e, neste segundo ano, o treinamento e acompanhamento continuam sedimentando os conceitos obtidos.

Temos orgulho dos estagiários que nos deixam para assumir as suas carreiras como profissionais, e agradecemos às empresas que recebem os nossos estagiários, dando-lhes a oportunidade do primeiro emprego, porque sabemos que estamos cumprindo o nosso papel com a sociedade e ajudando na formação de melhores profissionais.

Aos estagiários que nos deixam, após cumprir o seu tempo de estágio, o nosso muito obrigado pelo tempo compartilhado conosco e porque souberam usar de forma sábia este tempo, e que agora, é um novo tempo.

É tempo de seguir adiante.