Correio Eletrônico - Proposta de Padronização

Autor: Odemir Bara - ASTEC

Considerando a necessidade de Integração de informações entre os sistemas de Correio Eletrônico do Estado, a Câmara Técnica de Integração de Sistemas Computacionais aprovou e encaminhou para apreciação da Coordenação de Infra-estrutura Tecnológica (Coordenação de Segmento), a Norma CTISC-001 - Correio Eletrônico - Troca de Mensagens e Integração de Funções de Automação de Escritório.

A Câmara Técnica de Integração de Sistemas Computacionais (CTISC) foi instalada em
10/02/1994 e conta atualmente com a participação das seguintes instituições: BANESTADO, CELEPAR, COPEL, SANEPAR, SEAD, SEED e SETI.

Após a confecção da norma CTISC-001, a Câmara Técnica de Integração de Sistemas Computacionais tem como segundo objetivo a padronização do EDI no âmbito do Estado. Para tanto foi criado um grupo de trabalho composto por representantes do BANESTADO e CELEPAR, com o objetivo de estudar a elaboração do documento de padronização de EDI.

Quanto à Norma CTISC-001, esta tem por objetivo:

a) Padronizar a troca de mensagens entre correios eletrônicos distintos, no âmbito do Estado, processando em diferentes plataformas de hardware e software.

b) Padronizar, no âmbito do Estado, as seguintes funções de automação de escritório: Agenda de Compromissos, Quadro de Avisos, Formulários Eletrônicos e Debates de Assuntos.

c) Padronizar os Serviços de Diretório, integrando-os com a solução de Correio Eletrônico.

d) Padronizar a troca de transações EDI - Eletrorric Data Interchange, utilizando o Correio Eletrônico X400 como meio de comunicação através das recomendações X435/F435.

Conceitos

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Padrões X.400, X.401, X.408, X.409, X.410, X.411, e X.420.

Conjunto de regras, definidas pelo CCITT que padronizam a troca de mensagens entre correios eletrônicos.

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Padrão X.435

Recomendação, definida pelo CCITT que padroniza a troca de transações EDI, utilizando o padrão X.400 como meio de comunicação.

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EDI - Eletronic Data Interchange

Troca eletrônica de dados. Este serviço consiste na comunicação a nível de aplicação entre ambientes computacionais distintos, através da troca de transações com formatos padronizados.

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Padrão X.500

Conjunto de regras, definidas pelo CCITT, que padronizam os Serviços de Diretório.

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Correio Eletrônico

O termo "Correio Eletrônico", popularmente aceito para designar sistema de troca de correspondências por computador, tem uma denominação mais precisa como STM (Sistema de Tratamento de Mensagens) ou em inglês MHS (Message Handling Systems).

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Correio Eletrônico Central

Correio Eletrônico que tem como responsabilidade a troca de informações com os domínios externos (correios eletrônicos X.400 que não pertencem ao domínio privativo do Estado). É este Correio que possui a ligação com o domínio Administrativo (Embratel), através do qual é possível a troca de mensagens (recebimento e envio) com outros PRMD's (domínios privados).

Troca de mensagens entre sistemas de Correio Eletrônico

Dada a necessidade de troca de informações entre sistemas de correio de diferentes plataformas de hardware e software, organizações internacionais como CCITT e ISO definiram o padrão internacional X.400 para troca de mensagens entre correios eletrônicos.

Este padrão está sendo mundialmente aceito e com ele surgem os sistemas capazes de comunicação com outros sistemas de correio desde que sejam aderentes ao padrão X.400.

O conjunto de regras estabelecidas para este padrão são representadas pelos protocolos X.400 que padronizam a troca de mensagens.

Além de permitir a comunicação entre correios de plataformas de hardware e software diferentes, o padrão X.400 permite ao usuário o envio de mensagens com tipos diferentes de corpo: texto, binário, gráficos, voz. etc., e com garantias de entrega.

Desta forma, a Norma CTISC-00 1 define que a arquitetura de Correio Eletrônico para o Estado do Paraná deverá ser a de um Correio Eletrônico integrado, de forma que qualquer usuário poderá trocar mensagens com os usuários de outros correios pertencentes à rede de correios do Estado e com usuários externos a este domínio, porém aderentes ao padrão X.400.

A arquitetura de correio do Estado será aderente ao padrão internacional X-400, e o conjunto de órgãos (Administração Direta e Indireta) que formam o governo do Estado constituirá um domínio privativo único. Desta forma a troca de mensagens entre os órgãos do Estado ocorrerá dentro de seu domínio, não havendo a necessidade de serem roteadas por um agente externo (Domínio Administrativo - ADMD) evitando uma tarifação externa e um trajeto longo de ida e volta, desnecessário para a entrega de uma mensagem entre órgãos que venham a possuir soluções próprias de Correios Eletrônicos.

A visão para os usuários externos ao nosso domínio será a de um correio único já que o Estado terá somente um endereço privativo (PRMD), apesar de existirem vários correios interligados. Caberá ao Correio Central a função de receber/enviar mensagens entre o domínio privativo do Estado e outros domínios externos. É este correio que será o elo de ligação com o domínio administrativo (ADMD). Cabe ainda ao Correio Central a tarefa de ao receber uma mensagem do ADMD, verificar a organização para quem a mensagem é endereçada e pelas tabelas de roteamento enviar a mensagem para a organização solicitada.

Padronização das funções de automação de escritório

A Norma CTISC-001 também padroniza as seguintes funções de automação de escritório: Agenda de Compromissos, Quadro de Avisos, Debates de Assuntos (abertura de assuntos para debates por um grupo de usuários, de uso não simultâneo) e Formulários Eletrônicos.

Enquanto não existir um padrão para estas funções, devemos buscar uma integração ( equivalência de funções), entre as diversas soluções (software) que venham a existir no Estado.

O que se espera com esta integração (equivalência) para cada uma das funções é:

Agenda de Compromissos: Ao se agendar compromissos coletivos aonde existam usuários de soluções (software) residentes em ambientes computacionais distintos, esta função deverá verificar horário disponível dos participantes nos vários ambientes e quando da marcação do compromisso também deverá efetuar nos vários ambientes de forma transparente ao usuário. Havendo processo em que os participantes podem confirmar/declinar do compromisso marcado, esta função também deverá estar integrada entre os ambientes, ou seja um usuário de um ambiente deve ter a facilidade de saber da confirmação, ou não, da participação dos outros usuários (inclusive de outros ambientes) ao compromisso marcado.

Quadro de Avisos: Os usuários de um ou mais quadros de avisos deverão ter a facilidade de acesso a estes quadros no ambiente em que estiver armazenado de forma transparente, mesmo estando o usuário e o Quadro de Avisos em ambientes computacionais distintos.

Debates: Esta função deve propiciar a abertura de assuntos para debates entre grupos de assinantes do correio, não havendo necessidade de ser de uso simultâneo, possibilitando a qualquer membro destes grupos (quando solicitar esta opção), ler o assunto e emitir opiniões/solicitar esclarecimentos aos demais participantes até que se esgote o assunto ou o prazo determinado para o debate. Ou seja, trata-se de uma área comum para um grupo de pessoas debater um assunto dentro da disponibilidade de tempo de cada um dos participantes. Desta forma um usuário deverá ter a facilidade de leitura e emissão de opiniões, quando for um usuário de um determinado assunto aberto para debate, no ambiente em que este estiver armazenado e de forma transparente, mesmo estando o usuário e o assunto a ser debatido em ambientes computacionais distintos.

Formulários Eletrônicos: Esta função deve possibilitar a criação de Formulários Eletrônicos próprios, para troca entre os assinantes do correio. A partir da existência de um formulário eletrônico no ambiente de correio do Estado, o usuário deverá ter acesso ao mesmo, para o seu preenchimento, independente do ambiente computacional aonde esteja armazenado o formulário. Da mesma forma, para o usuário, deverá ser transparente o envio e o recebimento deste formulário entre os usuários do correio, mesmo estando em ambientes computacionais distintos.

Padronização de diretórios

Padronização dos Serviços de Diretório (pesquisa de informações de endereços gerais de usuários cadastrados: endereço funcional, nome, cargo, lotação, endereço Internet, endereço X.400, endereço de Fax etc.), através do padrão de Serviços de Diretório X.500.

Padronização de troca de informações de EDI

Padronizar a troca de informações de EDI entre ambientes computacionais distintos, utilizando os protocolos do X.400 como meio de transporte.

Aquisições de software:

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Aquisição de Correio Eletrônico

Na aquisição de produtos de Correio Eletrônico, deverá ser obrigatória a aderência ao padrão X.400 assim como também obrigatórios os testes de interconexão (troca de mensagens) com o Correio Central. Deverá ser obrigatório também na aquisição de uma solução de Correio Eletrônico, possuir a facilidade de transporte de transações EDI (através dos protocolos X.400), aderente aos padrões X.435 e F.435.

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Aquisição de soluções com funções de automação de escritório

Na aquisição de produtos que possuam as funções de automação de escritório citadas anteriormente, enquanto não existir um padrão para as mesmas, deverão ser obrigatórios os testes de interconexão destas funções, de forma integrada e transparente ao usuário (as funções devem ser equivalentes) com as funções do Correio Central. A partir da existência de um padrão e de sua adoção pelo SEI, deverá ser obrigatória a aderência ao padrão estabelecido, assim como também obrigatórios os testes de interconexão com o Correio Central.

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Aquisição de soluções com Serviços de Diretório

Na aquisição de produtos que possuam as funções de serviço de diretório, deverá ser obrigatória a aderência ao padrão X.500 assim como também obrigatórios os testes de interconexão (troca de informações) com a solução de Correio Eletrônico (aderente ao padrão X.400) existente.

CORREIO ELETRÔNICO


ARQUITETURA DO ESTADO

PRMD ÚNICO DO GOVERNO DO ESTADO



VÁRIOS SOFTWARES (X-400) INSTALADOS EM PLATAFORMAS DE HARDWARE DIFERENTES PARA UM MESMO PRMD.

UA (User Agent)

O agente de Usuário é um conjunto de processos de aplicação (software), responsável por toda parte de interface com o usuário, edição, recebimento, envio, arquivamento de mensagens nas caixas postais etc. e ainda possui funções de interação com o MTA para roteamento de mensagens.

MTA (Message Transfer Agent)

O agente de transferência de mensagens é um software responsável pelo roteamento das mensagens entre o usuário remetente e o usuário destinatário.