DTP

Autora: Sara Fischman Raskin

Desktop Publishing, traduzido literalmente, significa “editoração em cima de uma mesa”, o que pressupõe que se possa confeccionar publicações por meio de um sistema informático de pequeno porte, que caiba em cima de uma mesa de trabalho”. Neste sentido, o termo Editoração Eletrônica não seria exatamente a tradução correta, designando uma tecn0ologia mais ampla, e não apenas recursos de informático de pequeno porte. Mas como esse termo se popularizou entre nós, ele é usado como DESKTOP PUBLISHING.

A editoração eletrônica objetiva, então, a confecção de artes gráficas, integrando nela elementos textuais e imagens, utilizando um sistema computacional desta aplicação são grandes, e apenas alguns sistemas sistemas e configurações podem atendê-las.

O software também é tão importante quanto a máquina. As estações gráficas constituem, atualmente, 90% do mercado de computação gráfica, e podem ser divididas em 2 categorias: as workstations, ou “estações de trabalho”, e as stand-alones, ou “unidades gráficas”. A estação de trabalho está sempre associada a aplicações que tenham de gerar e manipular imagens de alta resolução. Até o surgimento do Desktop Publishing, todos os sistemas de editoração eletrônica utilizavam essas configurações.

As estações de trabalho empregam minicomputadores ou super micros como unidade central de processamento, com grande capacidade de memória e espaço de armazenamento magnético. Como esses sistemas oferecem recursos de (WYSIWIG: “What you see is what you get – o que aparece na tela é o que surgirá na impressora”)

As unidades gráficas com configurações mais modestas, desempenham eficientemente suas funções de editoração e operam em modo monousuário, daí seu nome stand-alone. Em geral, a resolução desses sistemas não ultrapassam 640x480 pontos, com uso de telas pequenas e monocromáticas. Sua capacidade de memória é limitada, os dispositivos de armazenamento têm capacidade modesta, e operam em baixa velocidade.Essas propriedades limitam a complexidade do software a ser processado. Apesar dessa diferenciação, denominaremos de estação gráfica, estação de editoração ou estação de trabalho, qualquer configuração que assegure e produtividade desejada pelo usuário.

A configuração básica de um sistema de editoração eletrônica é constituída de um Banco de Dados de informações gráficas e alfanuméricas, o software e o sistema físico. Este compõe-se da unidade central de processamento, do processador gráfico, dos monitores, dos dispositivos de entrada (teclado, rato, mesa digitalizadora, varredores) e dos dispositivos de saída (impressoras). Para viabilizar a editoração eletrônica é fundamental a instalação de configuração de hardware que apresente desempenho funcional e operacional adequados, encontrados nos micros padrão AT ou 386, tipo IBM-PC ou compatíveis. É também necessário um monitor de pelo menos média a resolução padrão EGA,VGA um mouse e uma impressora a laser.

Falando do software, não existe um único programa de editoração eletrônica e sim uma coleção de aplicativos, com um programa central para gerenciar os processos de diagramação e montagem das artes finais. Em um grupo de aplicativos estão os processadores de texto, embora os programas de editoração ofereçam recursos próprios de edição de textos. Boa norma é evitar inserir nos textos editados, formatações que não seriam reconhecidas pelo programador principal de editoração. O emprego de editores de textos deve ser visto como uma forma mais rápida de digitar e corrigir os textos a serem monitorados posteriormente.

Um segundo conjunto de programas aplicativos de apoio a editoração eletrônica são aqueles são aqueles que permitem a criação de edição de desenhos e ilustrações em geral, ou os editores de imagens. São poucos os softwares deste tipo comercializados no país. Os editores de imagem devem suportar o uso de mouse e as vezes até uma mesa digitalizadora.

Outra categoria de programa é a do software básico, incluindo o gerenciador do sistema operacional ou interface operacional básica e aquele programa que transforma as imagens geradas na tela na arte-final impressa, linguagem de impressão rápida. Uma interface operacional vendida no Brasil é o Windows da Microsoft. E finalmente o grupo dos programas de editoração eletrônica.

O primeiro sistema nasceu junto com a implementação do programa Page-Maker da Aldus no Macintosh, que foi responsável pela popularização do Desktop Publishing. Depois surgiu o Ventura Publisher da Xerox, para competir no mercado e destronar seu pioneiro. São ainda comercializados no Brasil o Byline da Ashton Tate, First Publisher da SPC e Página Certa da Convergente.

A essência de um software de editoração eletrônica reside na sua arquitetura funcional, cuja concepção central é a da editoração de páginas. É essa composição de páginas que permite agregar elementos textuais e gráficos que podem ser formatados e diagramados na tela pelo operador, acrescidos de outros gráficos.

Até o Ventura, todos os programas tratavam cada página como entidades isoladas entre si. Elas podiam ser diagramadas diferentemente e uma não influenciava a estrutura visual da outra. Um documento ou aplicação eram concebidos como um aglomerado de várias páginas. Para o Ventura, a estrutura básica da editoração eletrônica reside na unidade do documento, chamados de “capítulos”. Os recursos multicapitulares permitem que se gerem automaticamente os números de páginas, figuras, tabelas e capítulos. índices analíticos e sumários. Em conseqüência a essa nova estrutura, os programas de editoração eletrônica passaram a ser classificados como orientados para o documento, e orientados para páginas. Os recursos multicapitulares diferenciam o “Ventura Publisher” da maioria dos programas de editoração eletrônica disponíveis no mercado. Este texto foi escrito baseado no livro DESMISTIFICANDO O DESKTOP PUBLISHING, de Tomas Venetianier.

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Bibliografia disponível na CDB

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