Fenasoft/95

Autor: Tarso Dutra Blitzkow de Queiroz - GPT


O lado Windows da Fenasoft'95

Na última Fenasoft, tive a oportunidade de participar das palestras que eram de responsabilidade da Microsoft. Tanto no congresso, como nas "ilhas de palestras" montadas por eles. A que mais chamava a atenção, e não podia ser diferente, era a "ilha do Windows'95" (parece que agora sai). Todas as palestras referentes a este, tinham uma superlotação. Foi possível ver alguns detalhes interessantes como: o relacionamento do Windows'95 com a Internet, a proposta de cliente universal, a nova interface, alguns detalhes de como será comercializado o produto, etc. Para os que chegaram a adquirir o Windows'95 através do "Windows Preview Program", algumas ferramentas e outros detalhes adicionais serão comercializados em um pacote à parte que será cobrado ("não existe sopa grátis").

Outra parte que era de meu interesse, dizia respeito ao Windows NT e suas ferramentas, agora também comercializadas em um pacote batizado por Back-Office (MS-SNA Server, MS-SQL Server, MS-SMS e MS-Exchange Server).

No caso do Windows NT, está sendo lançada uma nova versão, o Microsoft Windows NT Server e Workstation 3.51. O detalhe adicional desta versão que mais chamou a atenção, diz respeito à integração com o NetWare da Novell. Não bastando o serviço de Gateway para Novell, e o utilitário de migração do NetWare para o Windows NT, junta-se a estes, um serviço denominado "File and Print Service for NetWare". Com isso, podemos criar um mundo de "faz de conta", e fazer com que o Windows NT emule um servidor NetWare. Este é o outro lado da moeda que estava faltando para uma migração tranquila do NetWare para o Windows NT. Quem agradece são os responsáveis por este traumático processo.

Com relação ao Back-Office, foi possível confirmar a necessidade de um pacote adicional para a emulação de terminal 3270 para o MS-SNA Server. A informação pode ser simples, mas encontrar um especialista no assunto é que foi o mais difícil. o emulador que acompanha este produto é para ser utilizado na estação onde irá funcionar o serviço. Para o caso do MS-SQL Server, as melhorias da próxima versão procuram atingir outros concorrentes de igual categoria no mercado. O MS-SMS já conhecíamos mas toda sua funcionalidade no que diz respeito a tarefas como administração remota e levantamento de hardware e software, pode ser confirmada "in loco". Já o MS-Exchange Server vem ser mais um concorrente de peso na categoria de servidores de mensagem.

Para os "produtos for Windows não Microsoft", tivemos a oportunidade de ver ferramentas administrativas (folha de pagamento, controle de estoque, etc.) Estes aplicativos já estavam sendo solicitados pelo mercado faz algum tempo.

Em termos de hardware, a DIGITAL mostrou ter um excelente equipamento para a categoria de servidores para Windows NT. Em apresentação de um técnico da DIGITAL, foi possível observar a alta performance do Windows NT em seus equipamentos. Um comparativo simples de um equipamento início de linha, com um outro fim de linha da plataforma Intel, mostrou as vantagens para o mundo Windows NT.

E o resto da feira ??? A melhor definição poderia ser "uma grande feira". Equipamentos que em tempos normais custariam R$ 2.500,00 ou mais, estavam na faixa de R$ 1.500,00. Quem esperou para comprar ganhou muito.


Autor: Ricardo Shoiti Ikematu - GPT

Tecnologia Cliente/Servidor na FENASOFT

Fui para a Fenasoft com multa expectativa, mas não tive boa impressão da feira deste ano, pois parecia um formigueiro, transformando a tarefa de transitar pelos estreitos corredores numa missão quase impossível. A maioria das pessoas estava carregando sacolas, caixas de kits multimídia, de sound blaster, de micros, etc. A feira estava mais voltada para o público em geral, com vários jogos em CD-ROM e várias softhouses com aplicativos comerciais. Senti a ausência de lançamentos de novos produtos e uma presença mais forte de produtores de ferramentas ou softwares de apoio tais como CASE´s, softwares para conectividade de produtos e ambiente, etc.

Tinha o objetivo de cobrir duas áreas: orientação a objetos e tecnologia cliente/servidor.

As palestras de orientação a objetos tornaram-se muito repetitivas, com todos procurando explicar os conceitos de classes, encapsulamento, herança e polimorfismo e as diferenças entre a abordagem tradicional e de orientação a objetos. Todos diziam que orientação a objetos é uma forma natural de pensamento e é mais fácil de trabalhar, só não explicavam como fariam isto. Faltou palestras sobre as metodologias de análise e projeto orientado a objetos, estratégias para migração a este novo paradigma de desenvolvimento, etc.

A seguir farei um resumo das 4 palestras que assisti: ferramentas GUI em ambiente cliente/servidor, Arquitetura cliente/servidor uma visão prática, migração para cliente/servidor e Cliente/servidor mitos e verdades.

Hoje, estamos sofrendo várias mudanças e de uma forma caótica. 0 mercado evolui continuamente, cada vez mais competitivo, globalizado e dinâmico. Está havendo mudanças de paradigmas sociais, econômicos e organizacionais. Segundo o palestrante devemos mudar antes que sejamos vítima das mudanças.

As organizações procuram maior competitividade através de maior produtividade, maior qualidade e redução de custos. A tecnologia de informação é a mola capacitadora das mudanças organizacionais. Há novas tecnologias surgindo a cada dia.

A arquitetura cliente/servidor é o principal termo de marketing para descrever a computação distribuída, ou seja, processamento e dados distribuídos.

A tecnologia cliente/servidor foi dividida em quatro gerações: a primeira foi a emulação de terminais, a segunda o servidor de arquivos, a terceira o banco de dados relacional e a quarta o servidor de informações de objetos.

A arquitetura cliente/servidor não é apenas uma arquitetura de hardware onde uma máquina cliente processa dados acessados de um servidor. Ela é uma arquitetura de software diferenciada, é uma forma de como o usuário interage com seu sistema computacional.

As vantagens da arquitetura cliente/servidor são:

- melhor acesso a informações de vários lugares;
- distribuição da carga de processamento;
- redução da carga na rede;
- padronização e compartilhamento de processos através de mecanismos como "stored-procedures", etc.;
- maior independência de hardware, software e sistema operacional.

As desvantagens da arquitetura cliente/servidor são:

- aumento do custo administrativo;
- aumento do pessoal de suporte;
- custo de treinamento (início);
- complexidade de ambiente com vários fornecedores dificulta a identificação dos problemas se mal administrada.

Fatores críticos de sucesso:

- começar simples;
- não querer implantar da noite para o dia;
- agregar valor a operações do dia a dia do usuário;
- não esperar performance igual a sistemas centralizados;
- planejamento para migração à arquitetura cliente/servidor, tais como: escolha do servidor de banco de dados, metodologias, ferramentas e formação de equipes.

As melhorias de tecnologia exigem investimentos normalmente altos. Todo investimento assumido deve agregar valor ao negócio do usuário e não investir apenas porque é moda.

Existe um conceito errado na complexidade em construir e gerenciar ambientes distribuídos. Existe confusão entre arquitetura cliente/servidor e rede com servidor de dados.

Apenas a tecnologia de informação não resolve os problemas. Se não tiver a intenção de reavaliar os processos do negócio, não comece a fazer migração para cliente/servidor.

Um aspecto importante é a adoção de uma metodologia adequada. Sem uma metodologia há um grande risco de fracasso, pode haver projeto incorreto de regras de negócio, desenvolvimento de sistemas com performance pobre e com perda da integridade dos dados.

As metodologias tradicionais estruturadas não exploram adequadamente as novas ferramentas e tecnologias disponíveis no mercado, tais como orientação a objeto, cliente/servidor e interface gráfica. Os testes são mais complexos, devem se utilizar fortemente de prototipação e de ferramentas CASE. Outra preocupação que as pessoas devem ter e nunca têm, é a documentação da interface gráfica. Os sistemas com interface gráfica são mais complexos e para facilitar a manutenção dos sistemas por outras pessoas deve haver uma documentação através de rede estendida ou através de diagramas de transição de estado (DTE's).

Há a necessidade de vários perfis de profissionais e não há a possibilidade de treinar todo o pessoal, sendo necessária a contratação de consultorias especializadas.


Autor: Vitório Yoshinori Furusho - DITEC-F



Retrospectiva sobre a Fenasoft 95

"Seminário sobre Reengenharia"
Fernando Barcellos Ximenes KPMG

O Seminário apresentou discussões conceituais e casos práticos como: exemplos brasileiros de Reengenharia a nível Organizacional (negócios), Tecnológico (Sistemas) e Individual (carreira), com ênfase na trans formação de processos através de tecnologias avançadas, na modificação de concei tos de sistemas, e na preservação dos co nhecimentos essenciais das empresas. A seguir alguns detalhes dos aspectos apresentados:

A realidade dos negócios na década de 90

Foram abordados sete itens importantes a serem observados no uso de Tecnologia da Informação nos anos noventa:

Mídia eletrônica - utilização da mídia eletrônica para armazenar documentos; EDI - contemplar o uso de troca de documentos por via eletrônica; Pagamento Eletrônico - utilização dos recursos de informática para o pagamento direto aos fornecedores, através de transferência eletrônica;

Multimídia - embutir essa tecnologia nos novos sistemas, utilizando-se da tecnologia de tratamento de imagem e demais recursos de multimídia;

Cliente-Fornecedor - ter uma ligação direta (eletrônica) entre os clientes e fornecedores;

Reorganizações - reorganizar as estruturas, os processos e os fluxos de processos;

Trabalho independente - uso de estações móveis.

Nova visão das estruturas das empresas

O Ximenes colocou a importância da nova visão das estruturas das empresas com o uso da Tecnologia da Informação no pro cesso de Reengenharia. Segue abaixo um esquema dos inter-relacionamentos entre os seguintes componentes: a) Funções, Conhecimento e Estruturas; b) Informações e Tecnologia da Informação; c) Processos Gerenciais; d) Valores e Crenças e e) Processos de Negócios.



Nota: 1. Valores e Crenças não se impõe.

2. Fazer Sistemas é fazer repensar os processos.

Como entendemos a reengenharia

O Entendimento sobre Reengenharia dado pelo Ximenes é o seguinte:

Item Melhoria Operacional Redesenho de Processo Reengenharia
Objetivo Reduzir custos Melhoria de processos Melhroias radicais em custos, qualidade e tipo
Escopo Local Multifunional Corporativo
Velocidade Incremental Rápida Radical
Mudanças Processos são aperfeiçoados Processos são transformados Novo processos e  estruturas de apoio são criados

Alcance e limitações da reengenharia

O Palestrante abordou os seguintes aspectos de alcance e limitações da Reengenharia:

Problema Causa
Perda de marketing

Share

 

 

 

 

 

 

 

 

Concorrentes asiáticos

Erros na estratégia

Ineficiência crônica

Informações fragmentadas

Verificação da estrutura

Burocratização

Falta de comprometimento

Longos tempo de respostas

Problemas de Coordennação

Excesso de retrabalho


A relação entre reengenharia e rightsizing





Para aplicação da Reengenharia e RightSizing e vice-versa, o melhor caminho é o indicado no gráfico acima, para resolver problemas/oportunidades de mercado na empresa.

Por que fazer reengenharia

São três os grandes motivos para se fazer a Reengenharia nas empresas:

Ameaça à sobrevivência
Exploração de oportunidades
Visão Estratégica

NOTA: "Nem tudo que reluz é ouro. Nem tudo que é ouro reluz".

As visões da reengenharia

Algumas das várias visões sobre Reengenharia:
HIGHLANDER - "Cortar Cabeças"
RELAÇÕES PÚBLICAS - Sucesso na Imprensa.
ME ENGANA QUE EU GOSTO - "Vamos chamar de Reengenharia "
UNHA DE FOME - redução de custos, custe o que custar.
O&M DE SMOKING - "mexendo nas caixinhas da estrutura organizacional"
NIRVANA - "Rumo ao paraíso na Terra"
ANTES MAL ACOMPANHADO DO QUE SÓ - Modismos
JORNADA NAS ESTRELAS - "Delírio Tecnológico"

Como fazer a reengenharia: fatores críticos

Relacionamos alguns dos principais Fatores Críticos que deverão ser observados ao fazer a Reengenharia nas Organizações:
Patrocínio da alta administração da empresa;
Visão clara;
Envolvimento e comprometimento das áreas afetadas;
Sistema adequado de indicadores de desempenho;
Área de Tecnologia da Informação flexível e eficaz;
Investimentos em formação e Treinamento de Pessoal.

Como fazer a reengenharia: barreiras

Eis algumas das principais Barreiras para a Reengenharia nas Organizações:
Sistema de recompensa que estimula o passado;
Pessoas-Chave se recusam a mudar;
Falta de capacitação gerencial;
Funcionários se sentem ameaçados;
Grandes investimentos em Tecnologia da Informação e infra-estrutura.

Como fazer a reengenharla: erros que devem ser evitados

Para se aplicar a Reengenharia devem ser evitados alguns erros, tais como:
Improvisos;
Descompromissos dos níveis gerenciais médios;
Culto aos gurus;
Equipes medíocres;
Visão de curto prazo;
Se tiver gerando muito papel, tome cuidado;
Foco nos custos;
Reengenharia sem Tecnologia;
Área de sistemas em primeiro plano;
Número excessivo de processos;
Número excessivo de oportunidades.

O papel da tecnologia da Informação em apoio à mudança

NECESSIDADE DE RESPONDER COM MUITO MAIS RAPIDEZ

Agilidade e sincronismo das atividades.
Processos de Negócios
Processos Gerenciais
Criação de canais de comunicação mais rápidos e eficazes.
Alta administração em linha, organizados em rede.

NECESSIDADE DE DADOS E CONHECIMENTOS QUE NÃO EXISTEM

Os sistemas deveriam mostrar o que fazer, em vez de explicar o que você errou.
Abertura de caixas pretas em todos os níveis.
Ferramentas para acesso, análise e agregação de informações.

NECESSIDADE DE GERENCIAR A EXPLOSÃO DE DADOS

Interno
Externo

As 6 faces da reengenharia



As tecnologias para a reengenharia

Ao aplicar a Reengenharia devem ser consideradas pelo menos, algumas das seguintes tecnologias:
Processamento de Imagem;
Sistemas Especialistas;
Redes de alta capacidade;
Computadores paralelos;
Computação Móvel;
EDI

NOTA:
A boa tecnologia é a que o usuário não nota.
A curva de aprendizagem deve ser a mínima possível.

Comentário

O Seminário teve um bom público. O Fernando Ximenes conduziu a palestra com boa habilidade e transmitiu de forma clara todos os tópicos abordados. Apresentou os vários aspectos que devem ser planejados para se ter sucesso na aplicação da Reengenharia. Também falou das experiências de empresas brasileiras, os seus fracassos e sucessos. Podemos dizer que o Seminário sobre Reengenharia foi muito bom e deu uma visão geral sobre o tema.


Autora: Luciana Aparecida Antunes Becker - DITEC-D



Desenvolvimento de Sistemas - (Cliente X Servidor e Orientação a Objetos)

O tema Cliente X Servidor foi abordado durante todo o dia 21.07.95, e com muita intensidade buscou-se salientar inúmeros requisitos que devem ser tratados na adoção desta tecnologia, tais como: qual o banco de dados a utilizar, estrutura dos dados, que dados devem estar no servidor e que dados devem estar no cliente, qual o volume dos dados, qual a capacidade de transmissão das linhas utilizadas, etc. Mas o que ficou bem claro no mercado, é que:

"Fala-se muito sobre esta nova tecnologia porém, em verdade, conhece-se muito pouco sobre ela." (Posição de um dos Organizadores do Congresso - Diretor presidente da RCM).

A abordagem AOO(Análise Orientada a Objetos) e da POO(Programação Orientada a objetos), restringiu-se basicamente na exploração dos conceitos de seus princípios essenciais, tais como: classes, herança, encapsulamento, etc. Uma abordagem bem interessante e diferente das demais propostas, foi que a Orientação a Objetos é uma técnica simples, e que os técnicos em informática tendem a complicá-la. Que o ideal é se desvincular de conceitos que não se aplicam a esta técnica (por exemplo a análise estruturada) e, procurar ver da forma mais simples possível os conceitos que esta abordagem propõe, tendo assim os reais ganhos que estas técnicas sugerem.

Outros temas vistos:

BPA (Business Process Automation) - Automação de funções complexas do negócio - A abordagem deste tema sugere que BPA é muito mais que a simples automação de processos, que vai além das tradicionais atividades de registro e manipulação de dados. A BPA propõe que sejam utilizadas ferramentas avançadas de software para que se tenha ganhos no desenvolvimento de aplicações e, principalmente, que as aplicações sejam suficientemente dinâmicas e flexíveis, de tal forma que estas sejam facilmente readaptáveis a novas regras do negócio. Dentro da proposta de BPA, os sistemas não devem somente apoiar os negócios, e sim, fazer parte do próprio negócio.

Conclusão do Congresso:

Nos temas de Cliente X Servidor e Orientação a Objetos, percebe-se que a CELEPAR está assimilando e trabalhando no aculturamento destas novas tecnologias com a velocidade e intensidade muito similar ao mercado retratado no congresso.

Parecer sobre a Feira:

Sistema de Gestão de Recursos Humanos (Ciente X Servidor) para o Estado do Paraná - O que o mercado está propondo atualmente são soluções limitadas à folha de pagamento e a outros poucos módulos da área de recursos humanos. Nada foi identificado que sugerisse uma atenção maior, pois as soluções encontradas, além de serem limitadas, são para empresas de pequeno e médio porte, o contrário do que se buscava.

Soluções para a área jurídica - A idéia era pesquisar softwares que tivessem uma solução atrativa para consulta da Legislação e jurisprudências. Neste segmento foram identificadas várias soluções, porém, sempre baseadas em CD´s ou em outros tipos de armazenamento de dados. Todas as propostas recaíam na dificuldade de atualização das informações, uma vez que é um requisito muito importante que deve ser considerado com especial atenção, pois as mudanças na legislação são muito freqüentes e a atualização destes softwares não acompanha com a velocidade que se deseja;

Soluções de softwares EIS - O enfoque neste tema foi a comparação do software, que a CELEPAR adquiriu recentemente, com os softwares que o mercado esta propondo e a observação de soluções que pudessem, de alguma forma, contribuir para o desenvolvimento do protótipo que está sendo construído com este software para a SEAD. Foi verificado que o produto adquirido possui um potencial muito grande com relação às ofertas do mercado, que com este produto vislumbram-se soluções muito interessantes na área de Informações Executivas.

Formulários para impressoras laser de pequeno porte - junto à Xerox e fornecedores de formulários, verificou-se que para impressoras laser de pequeno porte, só é possível trabalhar com formulário A4 de etiquetas com volume significativo, ou seja, sem alimentação manual, com formulários que possuam um peso de até 135 gramas. O levantamento destas informações certamente contribuirá para soluções que na época da implantação, por desconhecerem esta característica, adotaram o formulário contínuo de etiquetas, ficando, assim, ainda dependente das impressoras matriciais.

Conclusão da Feira:

Infelizmente o maior enfoque da feira da FENASOFT foi para equipamentos, kit multimídia e CD´s de jogos, contudo, foi válido para fazer comparativos das soluções que já estavam sendo estudadas com as soluções que o mercado expôs na FENASOFT. Até mesmo a própria integração com as outras áreas da empresa na participação deste evento contribui, pois os técnicos acabam relatando as soluções e propostas que estão trabalhando tanto em seus clientes quanto na própria CELEPAR.


Autor: Jefferson Henrique Marçal - GPT



MULTIMÍDIA NA FENASOFT

Participei do 9º Congresso Fenasoft de 17 a 21 de julho de 1995, em seminários na área de Multimídia. O congresso técnico foi composto por 4 seminários diários:

- Produção e Publicação em Multimídia
- Tecnologias Integradas
- Processamento de Imagens
- Multimídia no Treinamento e Ensino

O seminário de Produção e Publicação em Multimídía foi conduzido pela Próxima Mídia Editora que é responsável pela publicação da revista NEO. Foi abordada uma visão geral da produção de títulos em CDROM, divididos em 4 grandes temas:

- Do Esboço ao Projeto: Foram feitas considerações sobre tipo de produto e tema, definição do público-alvo, plataformas de hardware e software para multimídia e a formação da equipe de trabalho.

- Do Projeto ao Produto: Foram abordados os problemas com a definição da interface e navegação no aplicativo, integração das mídias, gerenciamento e gravação de CD-R

- Do CD-R ao CD-ROM: Esta fase foi conduzida por profissionais da SONY MUSIC que trataram de assuntos como masterização, prensagem, aspectos mercadológicos e técnicos e estratégias da empresa para o mercado de CD-ROM no Brasil e no exterior.

- O CD-ROM chega ao mercado: Foram discutidos os aspectos de distribuição, comercialização e promoção dos títulos com participação de distribuidores nacionais.

O seminário de Tecnologias Integradas discutiu os diversos problemas com a integração de mídias, como: padrão de compressão de vídeo, plataformas de hardware formatos de figuras, sons, animações e paletas de cores. Abordou o uso da Multimídia na Automação Comercial e softwares de integração existentes no mercado.

O seminário de Processamento de Imagens teve uma abordagem restrita ao conhecimento de imagens em empresas (centros de documentação, workflow, gerenciamento de documentos administrativos e técnicos), não tendo nenhum relacionamento com a Multimídia.

A análise do evento que podemos fazer seria a de que mostrou-se, como em anos anteriores, muito comercial e repetitivo, no que se refere a Multimídia. Verificamos os seminários muito voltados à participação de empresas interessadas na comercialização de soluções para Multimídia, bem como abordando aspectos pouco inovadores dentro desta área.

A feira se mostrou como um "grande supermercado" onde os fornecedores faziam grandes promoções de softwares e hardwares para usuário final. O que mais se viu foram pessoas com seus computadores debaixo do braço e fornecedores com grandes carretas encostadas junto ao pavilhão descarregando mais equipamentos para venda.

Fora a grande liquidação, se viu em forte escala o número de "joguinhos" e fornecedores de entretenimento em grandes standes, e as reportagens relacionadas ao evento junto às emissoras de televisão passando a imagem da informática(multimídia) como jogos de entretenimento.


Autores: Pedro Colodi - DISOP
Vitório Domit Junior - DISOP



FORMIGUEIRO TECNOLÓGICO

Na última FENASOFT a ênfase observada foi mais para o lado comercial que o lado tecnológico, com recepcionistas muito bonitas, distribuídas por todos os stands, oferecendo produtos a preço do "Paraguai", financiado em até quatro vezes por cartão de crédito e cheques pré-datados.

A procura mais acentuada por parte do povo, concentrava-se nos KIT's MULTIMÍDIAS e JOGOS, inclusive os pornográficos, isso após às 14h00, horário em que a feira era aberta ao público.

Visitar a Feira após às 14h00, era o mesmo que enfrentar o trânsito da Marginal Tietê no horário de RUSH.

Outra coisa assombrosa, foi a quantidade de títulos e publicações técnicas disponíveis nas várias livrarias montadas na Feira.

Alguns stands como: MICROSOFT, NOVELL e outros, promoviam durante a feira, no próprio stand, micro palestras técnicas de boa qualidade, a exemplo das que participamos.

WINDOWS NT SERVER 3.5.1 integração com NOVELL e UNIX. Nesta versão, é pos- sível se ter uma rede NOVELL sendo ad- ministrada pelo NT sem o conhecimento do usuário final.

WINDOWS 95

NETWARE 4.1 - Novidades:

- Administração de todos os recursos da rede de forma gráfica via WINDOWS, de maneira bastante flexível e prática.
- Implementa um conceito chamado NDS (NETWARE DIRECTORY SERVICE) que é um banco de dados onde são definidos todos os objetos e recursos da rede. No NDS relacionamos o usuário aos recursos que ele necessita.
- Implementa um leque bastante amplo nas possibilidades de segurança da rede e com todas as facilidades WINDOWS para administrar.

O NETWARE 4.1 é vendido com licença para 5; 10; 25; 50; 100; 250; 500 e 1000 usuários por Servidor. O NETWARE 3.x é de até 250 usuários.

Muitas coisas interessantes puderam ser vistas. Como exemplo, cito a palestra sobre implantação de Cliente/Servidor, onde o palestrante enfocou os problemas que todo mundo sabe que existem e que ninguém fala, tentando seguir pela linha do "PLUG AND PLAY", quando na verdade a linha real é a "PLUG AND PRAY", ou seja, todo mundo fala que seu produto funciona, mas na hora do "vamos ver" entra o famoso "macaquinho" que vai ser jogado no colo do primeiro fornecedor mais distante com a alegação mais corriqueira. "o produto deste fornecedor é proprietário".


Autor: Waldemar Setzer - USP



SEMINARIO: AMBIENTE DE DESENVOLVIMENTO

VIRTUDES E DEFEITOS DOS MODELOS DE BANCO DE DADOS RELACIONAL E ORIENTADO A OBJETOS.

Enfoque principal dado para o modo de como os comandos são escritos. As linguagens utilizadas para Banco de Dados Relacional e Orientado a objetos deveriam permitir uma codificação similar ao pensamento e/ou lógica de raciocínio, permitindo, assim, uma codificação linear de uma solicitação ao SGDBR (recuperar do arquivo funcionário ou funcionários com mais de 10 anos na empresa e com salário superior a $5000, classificado em ordem descendente de salário). Segundo o palestrante o ZIM da Zen Informática faz tudo isto, e, outros como o SQL-Windows são totalmente mal-projetados para esta finalidade? Muito Tendencioso.


Autor: Leonardo Lellis - Lellis Informática



ANÁLISE COMPARATIVA DOS MÉTODOS DE DESENVOLVIMENTO QUE UTILIZAM A ORIENTAÇÃO A OBJETOS.

Enfoque principal dado ao fato de que, como os tempos mudam, há uma grande e forte necessidade da informática acompanhar e evoluir os seus Métodos de Desenvolvimento. Alguns anos atrás o enfoque era dado para a Análise Estruturada, onde as empresas investiram muito tempo em cursos e treinamentos para os seus técnicos. Mas muitos técnicos ainda não satisfeitos com a Análise Estruturada, partiram para a Análise Essencial. Nos tempos atuais as ferramentas e os métodos de desenvolvimento estão mudando e/ou evoluindo novamente para urna nova concepção de desenvolvimento, a Orientação a Objetos. Empresas e técnicos de informática vão agora se deparar com uma nova cultura para o desenvolvimento que, certamente, será a tendência para os próximos tempos.


Autor: Jacques Sauvé - Ligth Infocon



DE MAINFRAME PARA CLIENTE/SERVIDOR: COMO FAZER.

Enfoque principal dado para as dificuldades encontradas e existentes num processo de migração para a arquitetura Clien te/Servidor. Partindo-se de uma instalação praticamente proprietária e instalando uma outra, com uma nova composição de Hardware e Software. Destacou que, para uma migração do Mainframe para Cliente/Servidor, alguns pontos são bastante importantes como:

- investir em treinamento;
- estabelecer uma visão da mudança;
- contexto da empresa;
- desafios;
- princípios a serem seguidos;
- objetivos a serem alcançados;
- ações necessárias para o plano de contingência;
- questões de tempo.


Autor: Valsoir Trouchin Jr. - Sybase



SEMINÁRIO: BANCOS DE DADOS E ARQUITETURA CLIENTE/SERVIDOR

CLIENTE/SERVIDOR - ARQUITETURA DE INFORMAÇÃO X ARQUITETURA TECNOLÓGICA.

Enfoque principal dado para a realidade atual, que é ... MUDANÇA.

- Algumas razões:
- pressões dos negócios;
- aceleração da competição;
- reestruturação dos negócios;
- aquisições e expansões;
- mudanças na legislação;
- surgimento de novas tecnologias;
- adaptar-se para manter a vantagem.
- O papel da Tecnologia de Informação vem contribuir para novas soluções como:
- melhorar os sistemas de atendimento ao cliente;
- fornecer sistemas e serviços ricos em informação;
- disponibilizar novos produtos mais rapidamente;
- disponibilizar a informação de forma mais simples e fácil.
- O dilema estratégico:
- "Ir muito depressa e pegar o caminho errado ou bater ?" ou
- "Gastar tempo demais pensando e perder a oportunidade".
- Quatro passos para Cliente/Servidor:
- definir a arquitetura de informação;
- estabelecer urna solução de arquitetura aberta;
- comprar ou desenvolver as aplicações;
- acompanhar as mudanças do negócio,
- Requisitos da arquitetura Cliente/Servidor corporativa:
- interoperável;
- produtiva;
- escalável;
- flexível;
- gerenciável.


Autor: Valsoir Trouchin Jr. - Sybase



INFRA-ESTRUTURA TECNOLÓGICA NECESSÁRIA PARA IMPLANTAÇÃO DA ARQUITETURA CLIENTE/SERVIDOR NO AMBIENTE CORPORATIVO.

Enfoque principal dado aos seguintes itens:

- Requisitos da distribuição de dados:
- distribuição e acesso rápido;
- integração de ambientes heterogêneos;
- operação contínua apesar de falhas em componentes;
- transações distribuídas.
- Requisitos do ambiente de interoperabilidade:
- tornar os dados acessíveis;
- integrar as tecnologias existentes às novas;
- integrar os dados;
- suportar processos de negócio flexíveis.
- Requisitos para a gerência do ambiente:
- controle com o mesmo nível do Mainframe;
- ferramentas de alta produtividade;
- interoperabilidade completa;
- baixos custos de treinamento;
- ferramentas robustas para o controle do ambiente Cliente/Servidor;
- aderência a padrões de mercado.


Autor: Luis Fernando de Moura- Sybase.



FERRAMENTAS DE DESENVOLVIMENTO DE APLICAÇÃO CLIENTE/SERVIDOR NO AMBIENTE WINDOWS: CARACTERÍSTICAS E BENEFÍCIOS.

Enfoque principal dado, seguindo algumas definições como: ambiente Windows, arquitetura Cliente /Servidor e aplicações Cliente/Servidor.

- Características fundamentais:
- desenvolvimento visual;
- integração ao Desktop (OLE 2.0, DDE, DLL e VBX);
- suporte a múltiplos BDs;
- interface nativa para os principais BDs;
- suporte aos recursos exclusivos dos BDs;
- suporte a chamadas de DLLs e inter- face com linguagem C/C++.

- Características desejáveis:
- desenvolvimento em equipe;
- OOP;
- integração com produto de terceiros: ferramenta de teste, CASE, classes, computação distribuída.


Autor: Valsoir Trouchin Jr. -Sybase



ASPECTOS IMPORTANTES PARA TOMADA DE DECISõES: PERFORMANCE, ESCALABILIDADE E BANCO DE DADOS PARALELO.

Enfoque principal dado para as necessidades atuais do mercado.

- Questões relativas a performance:
- alto troughput, baixo tempo de resposta;
- processamento eficiente em ambiente de carga mista;
- excelente relação preço/desempenho;
- possibilidade de manipulação de alto volume de dados;
- Características:
- escalabilidade;
- processamento paralelo.
- Desafios do ambiente paralelo:
- desempenho
- preservar as otimizações já feitas;
- evitar gargalos.
- crescimento
- monitoração de desempenho à medida que crescem o volume de dados e usuários;
- evitar limitações do Hardware;
- evitar a necessidade de mudanças nos aplicativos.
- gerência do ambiente;
- configuração;
- ajuste de desempenho;
- administração.


Autor: Vilmar Roberto Furbringer - DITEC-C



FENASOFT 95: CONGRESSO E FEIRA

Os seminários e palestras técnicas que assisti foram de bom aproveitamento (com algumas exceções). Algumas palestras com um título atrativo tornam-se, no decorrer da apresentação, apenas agressões a outros fabricantes. Mas, acredito que faz parte do evento. Apesar da organização se esforçar por uma boa condução do evento, muitos seminários e palestras não se realizam. O que é uma boa oportunidade para ir visitar a feira, aproveitando assim, ao máximo, o tempo de permanência no evento. Pois visitar a feira depois do horário de abertura ao público (14h00) é quase impossível. A feira permite aos visitantes adquirir uma boa quantidade de informações através de suas áreas reservadas pelos expositores (normalmente os grandes fabricantes), para apresentação de produtos, dos quais, os mais interessantes foram: conhecer algo sobre a Internet através do OS/2 Warp, acessar o WWW da Celepar através das instalações da IBM, apresentação do PerfetOfice da Novell, apresentação de teleconferência através de linha normal de telefonia, funcionamento do Windows 95 em sua versão Beta, entre outras. De toda a feira visitada, senti principalmente a falta de Software na área de Engenharia de Sistemas (ferramentas CASE, Software para Orientação a Objetos, ferramentas integradas). Em resumo, participar na Fenasoft proporciona uma visão de como empresas de outras regiões, fora do sul do Brasil, estão se preparando para assimilar as mudanças que estão vindo por aí, principalmente na arquitetura Cliente/Servidor e integração de ambientes heterogêneos.


Autor: Claudio Lopes Furquim - GPT



REDES, CONECTIVIDADE E TELECOMUNICAÇÕES.

Tive a oportunidade de participar do segmento sobre Internet que, basicamente, apresentou os seguintes tópicos:

- Conceitos básicos;
- Oportunidades de Negócios;
- Aspectos de Segurança;
- Navegação;
- Como publicar na Internet;
- Como se conectar na Internet;
- Internet no Brasil.

Servidor Web em NT

Esta é uma das novidades trazida da Fenasoft e em testes na Gerência de Prospecção Tecnológica (GPT)

Agora quem tem um Servidor NT e está de algum modo conectado à Internet, já pode montar o seu próprio servidor WWW (World Wide Web) usando o serviço HTTPS (Hyper Text Transfer Protocol Service) da Microsoft que está baseado em um serviço NT.

O desenvolvimento de páginas Web também ficou mais amigável a partir das implementações adicionais no Word 6.0, batizado de Wordia (Word Internet Assistent) que passa a ter as ferramentas de HTML (Hyper Text Markup Language) a linguagem de construção das páginas Web.

Outros serviços como servidor Gopher e Wais também já estão disponíveis neste ambiente. A GPT está com um servidor Web instalado e sendo customizado (under construction) que servirá de laboratório e também como ferramenta de divulgação de prospecção e suporte, incluindo a publicação do jornal mensal BATE BYTE, já a partir da próxima edição. Novos produtos e serviços serão disponibilizados a partir de pesquisas e testes, incluindo aplicações com acesso a banco de dados, imagens e som. A conexão a este servidor dar-se-á a partir do endereço principal da CELEPAR (http://www.celepar.br) na página de infra-estrutura.

No lado cliente, pode ser utilizado qualquer "browser" (usado para percorrer ou folhear informações) disponível no mercado como Mosaic, Chello e Netscape, mas a Microsoft está lançando o pacote Pack Plus que inclui um browser de 32 bits para Windows95 e NT.