Flagrantes: Como levar 2 carros para casa?


Autor: Pedro Luis Kantek Garcia Navarro– GPT


Vamos considerar nossa coluna FLAGRANTES desta edição de aniversário como um teste de inteligência e criatividade. Suponha, leitor, que você tem 2 carros, um branco e um vermelho, estacionados na sua empresa e precisa levá-los para casa, a alguns quilômetros de distância. Certamente existem diversas abordagens para o problema.

Você poderia, por exemplo, levar o primeiro carro, chegar em casa, tomar um táxi, voltar à empresa e levar o segundo carro.

Ou poderia pedir ajuda a um colega, que levaria o segundo carro até sua casa, e daí você o traria de volta até a empresa.

Ou poderia pedir emprestado um reboque, conectá-lo ao primeiro carro carregar o segundo carro em cima do reboque e levar os dois para casa.

Ou poderia passar uma corda ligando os 2 carros, e ir dirigindo o primeiro (com bastante cuidado) até chegar em casa, desfazendo a ligação lá.

Ou poderia arrumar um cegonheiro, carregar os 2 carros sobre ele, e ir dirigindo o cegonheiro.

Agora, antes de continuar a leitura, pense por 10 segundos se você consegue imaginar uma outra possibilidade não descrita anteriormente.

Pois ela existe, aconteceu de verdade aqui na CELEPAR numa história famosa (até as pedras do muro conhecem-na), e mostra como nossos analistas são criativos e têm lances de genialidade.

Nosso personagem não queria gastar com o táxi, queria chegar com os 2 carros ao mesmo tempo, não queria incomodar colegas, nem tinha cordas, reboques ou cegonheiros. O que fez ele?

Simples: pegou o carro branco e dirigindo, levou-o a 3 quarteirões da CELEPAR. Estacionou, e voltou a pé até a empresa. Pegou o carro vermelho e levou-o dirigindo, a 6 quarteirões, ultrapassando o branco estacionado. Voltou os 3 quarteirões, pegou o carro branco e avançou mais 6 quarteirões, passando pelo vermelho. Voltou a pé, e... assim chegou em casa quase simultaneamente com os 2 carros. É uma boa solução, o leitor não acha?

O único problema, é que, nessa história, nosso personagem passou na frente da casa de um colega (trabalhavam juntos) que estava sentado na varanda da sua casa tomando uma cervejinha. Ao passar pela primeira vez, num carro branco, o motorista saudou o colega e eles se cumprimentaram, pois não tinham se visto nesse dia. No retomo a pé, o motorista-pedestre, já preparando uma peta, tomou um atalho e não passou por ali. Alguns minutos depois, o bebedor de cerveja levou um susto - quase engasgou - , quando aparece a mesma figura, dirigindo agora um carro vermelho e cumprimenta-o de novo efusivamente, como se já não se tivessem visto ainda. Nosso colega cervejeiro ficou meio ressabiado, prestou os cumprimentos, por via das dúvidas largou a cerveja - "Não achei que tinha tomado tantas assim" - e correu para dentro de casa, antes de ver o colega passar num carro azul, preto, amarelo - aí já seria caso de internação alcoólica.