Flagrantes: Olimpíadas na CELEPAR (parte I)

Autora: Tania Volkmann

Ato I

A Celepar sempre incentivou a participação dos seus funcionários em competições esportivas externas. Nos idos de 1985, eram inclusive alugadas canchas de esportes, piscinas, pistas e outros, de forma a propiciar treinamento aos atletas, muitas vezes até em horário de trabalho.

Naquele ano, os atletas de natação tiveram à sua disposição, a piscina do Clube Colorado (hoje Paraná Clube, no Capanema) para os seus treinos.

E lá estavam eles, debaixo de chuvisco e muito frio, típico do mês de julho em Curitiba. Corre para lá, corre para cá, abdominais, flexões, etc.. e tibum na piscina!! E eis que, uma das atletas após seu mergulho, começa a engolir água mais do que o necessário e a pedir socorro. O coordenador, assustado, pede que alguém a retire da água, aos berros de choque térmico !!

Ato II

Dado o problema ocorrido com a moça, decidiu-se pelos treinamentos em piscina aquecida. Foram alugadas as piscinas do CEFET e novamente a equipe de atletas para lá se dirige para dar continuidade aos treinamentos. Corre para lá, corre para cá, abdominais, flexões e tibum!! na água. Eis que novamente a mesma atleta mostra problemas técnicos dentro da água e teve que ser socorrida novamente. Só então descobriu-se que não sabia nadar!!

Ato III

Dia de Competição. Revezamento 4 x 100. Uma das atletas da equipe não compareceu. E agora? Eram somente duas empresas inscritas na modalidade. Mesmo que não vencesse, seria de suma importância a participação para contagem de pontos na classificação geral. Que fazer? Havia uma atleta reserva. Quem? Aquela!! Dado todo o seu interesse em participar, os coordenadores resolveram dar-lhe uma oportunidade.

A única restrição feita pelo regulamento, era de que não podia andar dentro da água. E lá se foi nossa atleta, batendo pernas e braços de maneira descoordenada, quase sem sair do lugar. Ao cansar, segurava-se na raia e era abanada pelo coordenador com novas palavras de estímulo. Novamente a atleta retornava o seu esforço de alcançar o outro lado da piscina.

Toda a platéia, juízes e demais atletas admiraram o esforço para atingir o objetivo.

Foi uma lição de perseverança a todos os participantes. Ali estava alguém que superou todas as dificuldades e suas próprias limitações, dando o melhor de si para o bem de toda a Empresa, apesar de ter levado quase uma hora para cruzar a piscina.

O IMPORTANTE NÃO É VENCER E SIM, PARTICIPAR