Notícias Via Web

  • Emuladores

Crise de identidade

- Programas simulam PCs Macs e games

Pense num computador com múltipla personalidade. Um dia seria um PC, no outro, um Macintosh e, nos fins de semana, um vídeo game. Os emuladores são programas, muitas vezes gratuitos, que transformam seu micro numa ferramenta sem limites. Eles reproduzem desde uma simples máquina de calcular até um complexo desktop e são muito úteis no meio profissional.

O webdesigner Marcelo Guerra utilizou um iMac de 350 MHz para fazer o site de uma empresa desenvolvedora de software. Assim que esboçou as páginas, foi mostrar para o cliente, num PC. Logo veio a supresa. "Cada browser interpreta alguns códigos da sua maneira", explica.

Marcelo recorreu então ao Virtual PC, da Connectix, um emulador comercial que é bastante popular entre a turma da maçã. Atualmente na versão 4.0, ele transforma o Macintosh num PC, que roda Windows 9x, ME, 2000 e NT, com direito a mensagem de -operação ilegal-, travamento e tudo que o popular sistema operacional de Bill Gates oferece. Marcelo então finaliza o trabalho no iMac e depois checa no PC, sem trocar de máquina.

O Virtual PC é uma ferramenta completa: roda softwares de música, edita áudio com desenvoltura, conecta-se à Internet e compartilha arquivos com o Mac. Só falha nos games 3D, por não simular o Direct 3D.

Do outro lado, a compatibilidade com o Macintosh não é uma questão crucial para quem usa PCs, já que são maioria. Por isso, apesar das diversas opções de emuladores, como os gratuitos Fusion e Executor, eles são incapazes de reproduzir modelos novos da Apple. O primeiro ainda suporta o OS 8x, embora simule configurações dos antigos Macs Quadra e Classic. Já o Executor, que possui um OS próprio, recusa programas mais novos. Ambos compartilham arquivos com o PC e são úteis para abrir disquetes formatados para Mac.

A emulação de um computador normalmente tem um custo. Por reproduzir máquinas bem diferentes do micro que está rodando o programa, seus recursos são subaproveitados. Isso acontece com a aceleração gráfica de vídeo, a velocidade de processamento e tudo mais. O hardware é definido pelo emulador, que, em geral, é 10 vezes mais lento que o micro onde está rodando, segundo alguns programadores. Assim, se você tiver uma placa de som profissional no Mac, no Virtual PC, pode soar como uma Sound Blaster 16. (O DIA - 24/01/2001)

- Passo a passo para começar a emular

Para fazer um computador virtual rodar no micro é preciso estar atento a alguns conceitos básicos. O primeiro de todos é que se deve encarar um emulador como se estivesse diante de uma nova máquina, de carne e osso (ou silício e circuitos), que precisa de disco rígido, memória, sistema operacional e aplicativos. E é isso que torna esses programas fantásticos.

A maioria dos emuladores - os que simulam computadores - oferece uma opção para montar um volume, o vulgo disco rígido, a menos que a máquina reproduzida seja tão antiga que não tenha HD. O Apple I é um exemplo. Escolha o tamanho recomendado pelo fabricante.

Outro ponto são as ROMs. Muitos emuladores exigem os comandos básicos que regem o funcionamento do micro, cujo armazenamento se faz em chips. Os Macs, principalmente, usam ROMs. Por isso, é comum o pacote trazer utilitários que extraem a ROM da máquina. Para se emular um PC, essa etapa não é necessária.

Por último, não há como fugir da instalação do sistema operacional. A vantagem é que se pode experimentar à vontade, já que o seu computador (o de verdade) nunca será danificado. No máximo, o programa não vai funcionar. Será preciso criar um disco de boot e instalar o OS pelo CD, como em qualquer computador - menos os muito primitivos. Novamente, muitos emuladores oferecem utilitários para isso. Leia as instruções do programa, siga os procedimentos acima e não tenha medo. A sensação depois que está tudo funcionando direitinho é indescritível (O DIA - 24/01/2001)

- Games são os favoritos

Os jogos sempre foram os principais responsáveis pelo sucesso dos emuladores. Basta ver o grande número de opções disponíveis (pagas e gratuitas) na Internet. Consoles recém-lançados convivem pacificamente com games da década de 70. Tem de A a Z e para todos os gostos.

Uma boa opção para reviver os arcades, como o Space Invaders e tantos outros títulos que marcaram época, é o Mame. Ele roda todos esses jogos e mais uma centena, com direito a classificação por ano, som de qualidade e joystick. O Mame é gratuito, fácil de usar, tem versão para Mac, mas... requer as ROMs que, embora ilegais, estão por toda parte.

Os jogos primitivos do Atari, quem diria, voltaram à cena nos emuladores e não é difícil encontrar alguém que tenha um no micro. Também precisa de ROM. Tanto o Stella como o PCAE são muito bons.

Mas o que o povo quer mesmo são os consoles novos, como Playstation, Game Boy e Nintendo 64. Com micros cada vez mais arrojados, não ficou difícil reproduzir esses equipamentos. O UltraHLE emula Nintendo 64 em PCs e o Virtual Game Station, da Connectix, permite rodar games de PlayStation nos Macs. O primeiro é gratuito, e o segundo custa R$170. (O DIA - 24/01/2001)

- Seu palm pode virar um game boy

Fazer um computador de última geração se passar por um console de games já meio ultrapassado é um desafio de programação, mas não chega a ser nenhum prodígio. Complicado mesmo é transformar um equipamento projetado para ser pouco mais do que uma agenda eletrônica em um verdadeiro vídeo game portátil.

Foi exatamente isso que o programador Bodo Wenzel teve que conseguir para pagar a promessa que fizera a um amigo: criar um emulador de GameBoy para Palm. Disponível para download em http://palmboy.suburbia.com.au, o PalmBoy não tem sons, muito menos cores, é lento de dar dó, mas funciona.

E como se apenas um emulador de GameBoy não fosse o bastante, a produtora de software Gambit Studios também resolveu criar o seu. O Liberty custa pouco menos de 17 dólares, suporta cores e pode ser comprado em http://www.gambitstudios.com/. Para contornar o problema da lentidão, os criadores de ambos os emuladores sugerem que se faça um overclock do Palm. (O DIA -24/01/2001)

Confira alguns emuladores

- Plataformas

Basilisk II (http://www.uni-mainz.de/~bauec002/B2Main.html) Emula Macintosh com sistema 7.1 até 8.1. É freeware.

Fusion-PC (http://www.emulators.com/) Possui as mesmas características do Basilisk II. De acordo com medições do site http://mês.emuunlim.com, é duas vezes mais rápido que ele. Gratuito.

Executor (http://www.ardi.com/) emula Macs em PCs. Não exige ROM nem OS. Grátis.

Gemulator 2000 (http://www.emulators.com/gemul8r.htm) emula computador Atari ST e 800/800XL. Gratuito.

WinUAE (http://www.codepoet.com/UAE) emula o CommodoreAmiga 500/ 1000/ 2000. Gratuito.

Apple Win (http://www.zophar.net/apple2.html) emula Apple II e e II +XGS/32. Grátis.

Virtual PC (http://www.passportnet.com.br/) emula PCs nos Macs e custa entre R$ 405,30 e R$ 814,80 .

- Games

PCAEWin (http://www.geocities.com/dwarfaxe/pcae) excelente emulador do Atari 2600. Gratuito.

Mame (http://www.classicgaming.com/mame32) emula mais de 500 arcades. Gratuito.

UltraHLE (http://www.emuunlim.com/UltraHLE) emula Nintendo 64. Gratuito.

Virtual Game Station (http://www.passportnet.com.br/) emula o Playstation. Custa R$ 170.

- Sites

http://www.classicgaming.com/- tudo sobre games. PC/Mac

http://mes.emuunlim.com/mes/index.htmlll - emulação de Macs em Pcs

http://emulation.net - tudo para Macintosh (O DIA - 24/01/2001)

 

  • Armazene até 10 GB numa fita adesiva

Já imaginou gravar um CD numa fita Durex ? Cientistas alemães e americanos estão trabalhando no desenvolvimento de uma nova tecnologia que utiliza a fita adesiva comum como mídia para armazenar dados. Ela deve estar disponível em cinco anos, de acordo com a European Media Laboratory (EML) e a Universidade de Stanford, que estão à frente do projeto.

Há cerca de três anos, o pesquisador da EML, Steffen Noehte, descobriu que a estrutura de polímeros da fita adesiva vendida comercialmente era adequada como uma mídia de dados holográfica, técnica similar à usada para gravar CDs. O laser modifica as propriedades ópticas da fita e pode registrar dados em qualquer camada individual. Assim, é possível guardar até 10 GB de dados num único rolo.

O laboratório declarou que a nova tecnologia é superior à empregada atualmente nos leitores e gravadores de CD, porque nela é o raio laser que gira em torno da fita, ajudando a evitar problemas potenciais com o balanço. Esta técnica usa uma rotação em alta velocidade e assim permite as altas taxas de transferência de dados que são necessárias para gravar e reproduzir filmes em vídeo, por exemplo. (O DIA - 24/01/2001)

  • Faça do seu micro uma biblioteca virtual

Aproveitando a comodidade de seu micro, é possível criar uma biblioteca virtual a partir do download de obras digitalizadas. Se a intenção é também se informar sobre literatura, a rede está cheia de sites sobre o assunto.

Para quem procura por caras novas e trabalhos alternativos, a Revista A (http://www.revistaa.com.br/) é uma boa opção. A página é uma miscelânea de textos sobre "idéias desalinhadas", como diz seu slogan.

Na seção Contos interativos, da Revista Submarino (http://www.revistasubmarino. com.br/), um escritor conhecido começa uma história e os leitores têm o dever de continuá-la. Os melhores ganham vale-compras no site.

Em sua biblioteca, a revista Babab (http://www.babab.com/) oferece download de livros espanhóis, em formato PDF. Para lê-los, é preciso ter o "Acrobat Reader", que pode ser obtido em http://www.adobe.com.br/ products/acrobat/readstep.html.

O Capitu (http://www.capitu.com.br/) não é um centro de referências sobre a famosa personagem de "Dom Casmurro". A proposta é criar uma comunidade virtual da literatura brasileira, onde o internauta participa de fóruns de discussão sobre o assunto.

Quem gosta de versos pode visitar o Jornal de Poesia (http://www.secrel.com.br/jpoesia), voltado principalmente à poesia lusitana. A página traz mais de 2.000 escritores e literatura de cordel.

Simplesinho, mas com bom conteúdo é o Mania de Livro (http://www.maniadelivro.com/). Tem conteúdo para todos os gostos: trechos de obras, entrevistas e indicações de livros sobre saúde, auto-ajuda e educação. Os famosos também dão dicas de leitura.

Clássicos da literatura são fáceis de achar na íntegra. Em http://www.bibvirt.futuro.usp.br/, por exemplo, há contos, 60 romances famosos e outras referências, como a carta de Pero Vaz de Caminha.

O Great Books Index (http://www.mirror.org/books/gb.home.html) traz mais de cem autores estrangeiros reconhecidos. Em http://www.literature.com/, é possível fazer buscas por categorias que vão de textos religiosos a literatura infantil.

  • Machado de Assis

Mesmo não participando do chá da tarde promovido pelos imortais da Academia Brasileira de Letras, confira a programação cultural da instituição em http://www.academia.org.br/.

Só é preciso ter paciência com os "pop-ups". Em um deles, dá pra saber sobre as exposições virtuais. Uma delas é a do mobiliário que pertencia ao venerado escritor brasileiro Machado de Assis.

Como o escritor é muito importante, a ABL deverá lançar, em março, o portal http://www.machadodeassis.org.br/, que terá mais de 10 mil referências sobre o autor e sua obra. Haverá também alguns títulos para download. (Folha S.Paulo - 24/01/2001)

  • A memória do seu próximo PC

Novos padrões de RAM exigem maior atenção na hora da compra

Se você pretende comprar ou montar um micro de última geração, além de todas as especificações de sempre, será preciso prestar atenção ao tipo de memória a ser usado, para não acabar perdendo dinheiro. Até pouco tempo, quando se falava em memória RAM, as únicas variáveis eram a quantidade (em MB) e a velocidade suportada (PC-100, PC-133 etc).

Com o lançamento de processadores cada vez mais rápidos, no entanto, as limitações impostas pelos módulos de memória do tipo SDRAM/DIMM tornaram necessário o desenvolvimento de tecnologias mais rápidas. É aí que entram em cena as memórias Rambus (RDRAM/RIMM) e DDR-SDRAM (Double Data Rate SDRAM), cujas velocidades máximas téoricas são, respectivamente, 800 MHz e 266 MHz.

O impressionante desempenho da RDRAM (embora os números sejam contestados por alguns especialistas) e o apoio quase incondicional da Intel (que tem interesses econômicos na empresa Rambus, dona da tecnologia homônima) poderiam tê-la transformado no novo padrão de memória, não fosse por um pequeno detalhe: o preço, a partir de 220 dólares por 128 MB, nos EUA (contra os 60 dólares que custaria a mesma quantidade de memória SDRAM).

Do outro lado da arena, com o apoio da AMD, estão as memórias DDR-SDRAM. Como o nome indica, trata-se de uma tecnologia que duplica a taxa de transferência dos módulos SDRAM convencionais, enviando dados duas vezes a cada ciclo do clock (algumas aceleradoras 3D usam esse tipo de memória). Embora derivados da SDRAM, os módulos DDR têm pinagem diferente e não são compatíveis com placas tradicionais. Lançadas recentemente, ainda não estão amplamente disponíveis e custam pelo menos 175 dólares por 128 MB, mas espera-se que o preço caia logo.

Devido à ligação da Intel com a Rambus, por enquanto só existem placas-mãe de Pentium 4 com suporte a RDRAM e estão sendo lançadas placas para Athlon com slots DDR. Mas a balança parece estar pendendo para o lado da DDR: alguns grandes fabricantes já anunciaram a produção de placas para Pentium 4 com suporte a DDR. Em outras palavras, pense bem antes de pagar uma fortuna por um sistema equipado com memória Rambus. (O DIA - 31/01/2001)

 

  • Convergência fotográfica

Do negativo ao byte e do byte ao papel

Ninguém mais duvida que as câmeras digitais chegaram para ficar. Segundo relatório publicado na revista AsiaBizTech (http://www.asiabiztech.com/), 12 milhões de unidades foram vendidas no ano passado, o dobro da marca de 1999. Em 2001, espera-se que o número aumente para 20 milhões. O mesmo relatório, entretanto, estima em 32 milhões a quantidade de câmeras convencionais comercializadas a cada ano.

Entre as duas realidades, proliferam produtos e serviços destinados a mesclar a fotografia digital à tradicional, combinando o melhor dos dois mundos. Enquanto os proprietários de máquinas digitais contam com um número cada vez maior de opções de impressão e exibição de suas fotos, aqueles que ainda não abandonaram o filme ganham a possibilidade de digitalizar negativos e armazenar imagens on-line, mesmo sem um computador.

O sistema Pakon, da Kodak, que digitaliza fotos diretamente dos rolos de negativo, será lançado no Brasil em breve. A loja Lab & Cia., localizada na Gávea, deverá ser a primeira a receber a nova técnica, que basicamente consiste de um scanner especial. "Ainda não temos previsão de quando o equipamento chegará, mas seremos a primeira loja Kodak Express do Rio a contar com essa nova técnica", informou a loja.

O arquiteto e fotógrafo amador Paulo Diniz dos Santos adorou a novidade. Acostumado a utilizar programas gráficos como Photoshop, ele fotografa com uma máquina Olympus Trip 35, modelo -antigo, mas confiável-, como gosta de ressaltar. Ainda nas praias da fotografia analógica, Paulo pretende comprar em breve uma máquina digital.

Enquanto isso não acontece, ele é obrigado a revelar as fotos pelo método tradicional, escanear uma a uma e só então tratá-las no Photoshop. "O legal desse novo sistema é que agiliza o processo, digitalizando as fotos. Para amadores da fotografia como eu, que não possuem câmeras digitais, receber as fotos em um CD-ROM é uma excelente pedida", opina.

O designer e fotógrafo profissional Suzano de Almeida Tyrlian, 34 anos, está no outro lado desta gangorra tecnológica: ele possui máquina digital há dois anos e está mais do que acostumado a utilizar cartões de memória no lugar de pouco práticos rolos de filmes. "Revelar um filme é uma técnica linda, artesanal, mas muito chata e trabalhosa. Convenhamos, a fotografia digital é muito mais prática. Acho ótimo que essas novas técnicas venham sendo cada vez mais popularizadas, chegando ao alcance da fatia da população que não tem e nem pretende comprar uma câmera digital. O interessante dessa história toda é que foge ao âmbito da fotografia pura e simples: tudo hoje em dia se resuma a uma só questão: digital ou não?", finaliza Suzano. "Particularmente, fico com os bits".

  • Mundo digital ao alcance de todos

O preço das câmeras digitais mais simples vem caindo ano a ano, mas as mais acessíveis ainda custam pelo menos R$ 300, ou dez vezes o preço de uma maquininha tradicional-popular-. Para quem não pode ou não quer pagar tudo isso, a fotografia digital era, até recentemente, um sonho distante. Só que isso está mudando.

No fim do ano passado, a Kodak apresentou em São Paulo um sistema de digitalização que promete revolucionar o mercado. O Pakon, como foi batizado, é baseado em um computador equipado com scanner de negativos de alta velocidade, gravador de CDs, impressora a jato-de-tinta e conexão em banda larga.

Ao mandar revelar um filme nas lojas Kodak Express que aderirem ao sistema Pakon, o consumidor pode optar pela digitalização do filme e impressão de miniaturas das fotos nos porta-negativos ou gravação dos arquivos em CDs, que também têm as miniaturas impressas para facilitar a identificação. Os serviços têm preço estimado em, respectivamente, R$ 1,50 e R$ 12. Na Argentina, três semanas bastaram para que 30% dos filmes revelados passassem a ser digitalizados.

Por enquanto, apenas cinco lojas brasileiras - todas em São Paulo - receberam o Pakon. A primeira a oferecer o serviço no Rio deve ser a Lab & Cia. (511-5449), na Gávea, que já encomendou o equipamento. Mas no que depender da Kodak, esse número deve aumentar rapidamente: a empresa espera atingir 200 lojas até o fim do ano, popularizando a facilidade da fotografia digital entre os amadores e profissionais que ainda não dispõem de câmeras apropriadas e, em alguns casos, nem de computadores. O sistema Pakon também permite que as fotos sejam disponibilizadas via Internet, pelo site da Kodak.

Molduras digitais

Imprimir suas fotos para colocar em um belo porta-retratos sobre a mesa da sala está se tornando uma necessidade do passado. Os mais novos sonhos de consumo entre os fãs da fotografia digital são as chamada molduras digitais, pequenas telas de cristal líquido que fazem os porta-retratos a que estamos acostumados parecerem peças de museu.

Alguns modelos trazem slots para cartões de memória CompactFlash ou SmartMedia, os mesmos usados na maioria das câmeras, além de alguns megabytes de capacidade interna. É só encaixar o cartão na moldura para começar a exibir as fotografias, dispensando até o computador. É possível deixar uma imagem fixa na tela ou programar uma seqüência delas, como se fosse uma apresentação de slides. A Digi-Frame vende até um modelo portátil, à bateria, com um sensor que informa ao aparelho se ele está sendo usado na vertical ou na horizontal.

Outros porta-retratos digitais podem ser ligados à linha telefônica, permitindo sua conexão a serviços on-line. Dessa forma, fotos armazenadas na Internet são baixadas automaticamente, de acordo com uma agenda previamente estabelecida. No modelo da Kodak, basta apertar um botão na moldura para encomendar uma impressão da foto selecionada.

Para se ter uma idéia do impacto que esses aparelhos podem causar, imagine que você poderia dar um deles para a sua avó que mora em outro estado e enviar imagens para ela quando desejar, sem que ela precise sequer saber usar um mouse. O único senão é que, por enquanto, o acesso a esses serviços exige uma ligação para os Estados Unidos.

Facilidades para quem está conectado

Um dos maiores obstáculos à popularização da fotografia digital, além do alto preço das câmeras, tem sido a dificuldade de se trazerem as fotos para o mundo dos átomos. A turma conectada pode não ver problemas em compartilhar imagens pela Internet, mas como fazer para mostrar as fotos de sua última viagem àqueles parentes do interior?

Apesar da constante evolução das impressoras a jato-de-tinta, usá-las para imprimir fotografias de qualidade continua sendo caro e pouco prático. A solução pode estar nos serviços de impressão via Internet, entre os quais se destacam Ofoto (http://www.ofoto.com/), Shutterfly (http://www.shutterfly.com/), PhotoWorks (http://www.photoworks.com/) e PhotoAccess (http://www.photoaccess.com/).

Os quatro estão localizados nos Estados Unidos, mas enviam as fotos para qualquer lugar do mundo por uma taxa fixa de cinco dólares. Como cada fotografia (no tamanho 4 x 6 polegadas) custa aproximadamente 50 centavos de dólar, uma encomenda de 24 fotos sai por pouco menos de R$ 35. Não é barato, mas a qualidade compensa.

Os mesmos sites costumam oferecer a impressão de imagens em cartões postais, calendários, canecas, camisetas, quebra-cabeças e diversas outras lembrancinhas para você distribuir aos amigos e parentes. Molduras e porta-retratos também estão na lista, mas já que as fotos não são impressas neles, é melhor deixar para comprá-los aqui no Brasil.

Como funcionam os serviços

Para encomendar fotos do serviços de impressão on-line, primeiro é necessário enviar os arquivos com as imagens digitais, geralmente em formato JPG. Alguns deles permitem que você envie o próprio rolo de filme pelo correio, para que ele seja revelado e digitalizado, em um processo semelhante ao utilizado pela Kodak no Brasil.

Com a intenção de facilitar a vida dos usuários menos experientes ou que não disponham de um programa de tratamento de imagens, sites como o Ofoto e o PhotoChannel oferecem programinhas que organizam suas fotos, ajustam corte, contraste e cor, fazem o upload dos arquivos e encaminham o pedido de impressões.

Na hora de escolher o tamanho das impressões, lembre-se de que os valores estão em polegadas (nossas fotos de 10cm x 15 cm têm aproximadamente 4 x 6 polegadas) e preste atenção na resolução das fotos. Fotos tiradas em câmeras com definição abaixo de um megapixel, por exempo, não devem ser muito ampliadas.

Aproveite as promoções que a maioria dos sites fazem para novos usuários: você pode ganhar entre 25 e 100 impressões gratuitas, o que representa uma economia de até R$ 100. E se for encomendar presentes personalizados, como canecas e camisetas, esteja preparado para pagar o imposto de importação, que normalmente não é cobrado nas encomendas de fotografias.

Especificações e preços

- Digi-Frame

Tela: 3,9 (DF-390) ou 5,6 polegadas (DF-560)

Capacidade: não tem memória interna, mas aceita CompactFlash e SmartMedia

Preço: US$ 399 (DF-390) e US$ 599 (DF-560)

Acabamento: plástico preto com três faces decorativas incluídas (apenas no DF-560) e outras opcionais

Conectividade: serial

URL: http://www.digi-frame.com/

- Kodak Smart Picture Frame

Tela: 6,4 polegadas

Capacidade: 8 MB (36 fotos em resolução VGA) e slot para Compact Flash

Acabamento: madeira

Conectividade: por telefone, através da Storybox Network (seis meses de assinatura incluídos)

Preço: US$ 349,95

URL: http://www.kodak.com/go/smartframe

- Polaroid Photomax Digital Picture Frame/Ceiva

 Tela: 7,7 polegadas

Capacidade: 20 fotos em resolução VGA (640x480)

Preço: US$ 298,95

Acabamento: preta

Conectividade: por telefone, com a Ceiva Network (um ano de assinatura incluído)

URL: http://www.polaroiddigital.com/look/products/frame.html ou www.ceiva.com (O DIA - 31/01/2001)

 

  • Padroeiro virtual

Papa João Paulo II deve nomear Santo Isidoro de Sevilha como o protetor da Internet

 Cidade do Vaticano. O Vaticano anunciou que o papa João Paulo II deverá nomear Santo Isidoro de Sevilha como protetor dos usuários de Internet e programadores de computador.

Santo Isidoro foi escolhido há dois anos, mas o Vaticano ainda tem que tomar a decisão final. Acredita-se que Isidoro, que viveu no século VII, tenha escrito a primeira enciclopédia do mundo, a Etymologies, que inclui registros da medicina, matemática, história e teologia.

 O site oficial do Vaticano foi criado em 1996, no endereço http://www.vatican.va, usado para a publicação de documentos da Igreja Católica. João Paulo II entrou no mundo virtual em 1998, quando um bilhão de católicos ouviram suas preces no site do Vaticano. (O DIA - 07/02/2001)

 

  • Vírus chega disfarçado de arquivo MPEG pornô

Sexo seguro, nem na Internet. Um novo vírus anda circulando pela Rede com nome de vídeo pornô e se aproveita da fraqueza do internauta por sexo para infectar o micro. Ele vem anexado ao e-mail com o nome de "LOLITA0.MPEG", aparentemente um arquivo normal de vídeo comprimido.

 Mas, ao ser executado, despeja um cavalo de Tróia no computador e envia ao hacker, pelo ICQ, informações sobre a conexão da vítima.

 O vírus modifica o registro e os arquivos de inicialização do Windows para que ele seja executado toda vez que o Windows é ligado. Segundo a Trend Micro, fabricante de antivírus que alertou sobre a nova praga, a solução envolve um antivírus atualizado e algumas modificações nos arquivos de inicialização. (O DIA - 07/02/2001) 

 

  • CDs e livros lideram

 O varejo on-line possui suas categorias e endereços preferidos. Os CDs/gravações estão em primeiro lugar como principal produto adquirido, citado por 70% dos consumidores. A segunda categoria de compra são os livros (60%), seguidos dos computadores e suprimentos de informática (36%), vídeos e filme de entretenimento (22%), produtos eletrônicos (22%), serviços financeiros (16%), brinquedos (13%), alimentos e bebidas (12%), flores (11%) e outros (11%).

 Os sites favoritos para compra são o Submarino (34%), Lojas Americanas (26%), Saraiva (20%), Amazon (18%) e Siciliano 14%). Aquisições pela rede. (GAZETA DO POVO - 07/02/2001)

 

  • Processando o lixo: dicas para vítimas de spam

 Como o usuário final pode se defender do spam? Na Web é possível encontrar boas dicas para filtrar o fluxo de e-mails indesejados para sua caixa postal, ou simplesmente para reportar corretamente a ocorrência de um spam. Vale começar pelo site do Movimento Anti-spam brasileiro, http://www.antispam.org.br/ , que na seção "Denuncie" mostra direitinho como capturar o cabeçalho completo da mensagem em questão em quatro programas de e-mail diferentes (Pegasus, Eudora, Netscape e Outlook Express) antes de reportar o spam ao provedor de onde ele veio. O cabeçalho é importante para detectar a origem da mensagem.

Já numa seção do site do grupo SpamBr, na URL http://www.spambr.org/software.html, há indicações de programas capazes de identificar e apagar as mensagens não-solicitadas sem que o usuário tenha necessidade de baixá-las para seu micro. São ferramentas disponíveis em sites freeware ou shareware (isto é, que têm em seus bancos de dados programas gratuitos ou que oferecem versões trial a registrar ao fim de dado período). Vejamos algumas delas. Por exemplo, o MailShield, indicado pelo Tucows, que, além de deletar e-mails que obedeçam a critérios programados pelo usuário, pode enviar msgs ao postmaster do domínio do qual o spam se originou.

 Outro software que se encaixa neste caso é o Active Email Monitor, que filtra spams e ainda dá uma forcinha contra, por exemplo, anexos potencialmente perigosos. Ele é shareware, e, quando devidamente registrado, oferece atualização automática de sua base de dados para filtragem toda vez que o usuário estiver on-line. O Active Email Monitor tem ao menos uma vantagem  sobre o MailShield: o espaço que ocupa, de apenas 485Kb (o outro tem 2,4Mb).

Por falar em tamanho, o Spam Motel (129Kb) não chega a filtrar os spams, mas pede ao usuário que escreva uma lista dos websites aos quais forneceu seu endereço de e-mail e, de posse dessas informações, cria um novo endereço para o usuário, apenas para as transações comerciais. Assim, ao menos sua caixa de entrada pessoal fica livre dos spammers. Este software é totalmente gratuito.

Já o SpamEater Pro (1Mb) se conecta a seu provedor através do endereço POP3 e examina cada mensagem antes que você as baixe. O programa confronta cada msg com uma lista de e-mails válidos fornecida pelo usuário e mais o seu banco de dados sobre spammers conhecidos. Se houver algum mail que não esteja na lista, ou que esteja no banco do SpamEater, ele é prontamente deletado do servidor de e-mail do provedor. Ah, e o software ainda alerta sobre a chegada de novos e-mails, seja com um arquivo .wav ou com uma janelinha popup.

 Se você é um internauta mais do que viciado e tem múltiplas contas de e-mail, uma boa escolha poderia ser o Mail TalkX, que filtra os spams, tem atualização automática e é aplicável a quantas contas você quiser. Inclusive, ele é personalizável a ponto de executar um arquivo .wav específico quando chegar uma msg de determinada pessoa.

 E que tal se o internauta pudesse visualizar os cabeçalhos completos de cada msg antes mesmo de lê-la, de modo a deletar rapidamente os spams? O E-mail Remover oferece essa possibilidade (e ainda ajuda no caso de você querer denunciar imediatamente o spammer). De forma semelhante funciona o SpamBuster, que permite ao usuário examinar parte da mensagem antes de baixá-la, agilizando assim a exclusão dos mails indesejáveis.

Por sua vez, o SpamKiller tem cinco tipos diferentes de filtros, aplicáveis a vários elementos de uma mensagem, como cabeçalho, corpo ou mesmo o domínio de determinado país (!). Ele vem com uma lista denominada "Friends", que define os e-mails que você QUER receber, e o Filter Wizard, que torna mais fácil criar novos filtros, caso o spam aumente.

Todos esses programas operam na plataforma Windows (95/98 e, em alguns casos, Millenium/2000). Ainda nessa plataforma, o site do SpamBr indica um software brasileiro, o E-mailControl 2.5, baixável em http://www.abreuretto.com/anti_spam , que mescla propriedades antivírus com filtragem de mensagens indesejadas. Ele funciona oferecendo ao internauta a lista das msgs, com os respectivos cabeçalhos, de modo que se pode deletar os spams antes de baixar os e-mails. No site, encontra-se um FAQ explicando o funcionamento do software.

Para usuários com maior bagagem, há também a alternativa de utilizar um programa capaz de imitar a resposta dada por um servidor ao receber mensagens de um endereço de e-mail inexistente. É o Bounce Spam Mail, desenvolvido por Albert Yale, da Universidade de Quebec, em Montreal, Canadá. O download pode ser feito em http://www.er.uqam.ca/merlin/fg591543/bsm.

Outras páginas Web oferecem uma infinidade de recursos ao alcance do usuário final. Por exemplo, numa URL do SpamFree, em http://www.spamfree.org/resources/filtering_victims.html, encontram-se, além de links para alguns dos programas citados mais acima, outras alternativas como o PureMailo, que cria uma espécie de selo de certificação para os internautas com quem o usuário se corresponde, deixando os spammers de fora. E, em http://www.abuse.net/tools.html, acham-se boas dicas de softwares para reportar ocorrência de spam, como o SpamCop, que procura identificar a real origem da msg indesejada e enviar reclamações para o provedor; ou o Ricochet, para Unix/Linux, que busca desvendar a origem de um spam examinando seu cabeçalho. (O GLOBO - 07/02/2001)

 

  • Modelos de Linux para hardware de todos os tamanhos

 Na seara dos processadores, as iniciativas para incluir o Linux também foram destaque na LinuxWorld. Enquanto a Intel exibia versões do sistema rodando sobre o poderoso chip IA-64 e

anunciava serviços de rede open-source, com suporte para evitar gargalos e equilibrar o acesso de dados em servidores, a rival AMD apresentava a versão Linux para um simulador que permitirá a programadores escrever software compatível com o processador Sledgehammer, de 64 bits, cujos protótipos devem estar prontos no segundo semestre.

A Compaq também apostava na tecnologia de clustering, tendo optado por um software da empresa SteelEye para aumentar ainda mais a segurança de seus servidores Linux, enquanto a fabricante de computadores Lineo tem acordos diferentes com as distribuidoras Red Hat e Caldera (do Openlinux) para criar novas versões do sistema que rodarão em máquinas de grande estabilidade, desenvolvidas sob a chamada arquitetura CompactPCI (muito usada em aplicações de telecom e roteadores Web).

Para os loucos por programação, a Borland por fim mostrou a cara do Kylix, o projeto do Delphi para Linux, que permitirá escrever software rapidamente tanto em Windows quanto em Linux e intercambiá-lo pelos ambientes. Como o Informática Etc antecipou, o Kylix estará nas lojas até o fim do trimestre, segundo o gerente de marketing da empresa para o Brasil e a América Latina, José Eugênio Braga:

Ele virá em três versões: servidor (US$ 1.999), desktop (US$ 999) - que podem servir para criar tanto programas de código aberto quanto proprietários -, e um pacote exclusivamente para o desenvolvimento open-source, que poderá ser baixado gratuitamente da Internet ou adquirido num pacote a US$ 99.

Ainda na área de software, o vice-presidente da divisão de arquitetura digital da Intel, William Swope, anunciou que o Laboratório de Desenvolvimento Open-Source, criado ano passado pela empresa junto com vários parceiros, dará um prêmio de US$ 25 mil duas vezes ao ano para os autores de idéias inovadoras em Linux.

Mas nem só de servidores, mainframes e ferramentas para criação de software vive o usuário final do pingüim. Ele não foi esquecido e ganhou alguns mimos no evento. Por exemplo, a Sun aproveitou o ensejo para lançar uma versão do Java baseada em Linux para PDAs, handhelds e afins. O programinha também roda em computadores projetados para automóveis, set-top boxes e servidores domésticos destinados a conectar os aparelhinhos que começam a fazer do dia-a-dia dos mortais (pelo menos na terra do Tio Sam) um fac-símile do desenho dos Jetsons. A Transvirtual mostrava outra versão para palms, o PocketLinux 1.0, também baseado na ferramenta da Sun e disponível para os modelos iPaq (Compaq), Cassiopeia (Casio) e Workpad (IBM).

A nota cômica do evento ficou por conta do "quiz" denominado Troféu de Ouro do Pingüim, um jogo em que dois times - os nerds e os geeks (webviciados, em inglês) apostam quem conhece mais termos e siglas obscuras de informática. O time dos nerds ganhou de lavada, com a ajuda de Linus Torvalds em pessoa. Mas ele derrapou em duas questões. Primeiro, não sabia o que era RTFB, gíria para a frase "Read The Fucking Binary" (Leia a M*** do Código, usada para mandar os programadores mais afoitos estudarem o kernel antes de fazerem perguntas cretinas). E depois errou a definição da unidade de medida BogoMip - inventada por ele mesmo. Segundo os juízes, ela mede quantos milhões de segundos um PC pode ficar parado, sem fazer nada (!).

E a saga do GNU/Linux acaba de virar um documentário de 90 minutos intitulado "Revolution O.S.", dirigido pelo roteirista J.T.S. Moore, que conta como Torvalds, Richard Stallman (criador do sistema GNU), e outros luminares do movimento open-source abriram um novo caminho no mundo do software. O documentário ainda não tem distribuidor, mas um preview foi mostrado durante a LinuxWorld. (O GLOBO - 07/02/2001)