O Cobol ataca...

Autor: Mario Halila


Atendendo nosso convite, um primeiro coboleiro se manifesta – Vejamos o que ele diz:

Quando os microcomputadores deixaram de ser apenas curiosidades tecnológicas e se tornaram máquinas profissionais, diversas linguagens de compilação foram portadas de máquinas de grande porte para os micros. Entre estes compiladores, surgiu o COBOL para micros.

Em 1982, na sua primeira versão, o COBOL já trazia novos comandos e funções que permitam um aproveitamento das características conversacionais do micro. Estas funções incluíam uma seção especial para a definição de telas, a SCREN SECTION, e os comandos DISPLAY e ACCEPT para tratamento de vídeo.

Esta versão trazia também também a possibilidade de arquivos indexados com chaves múltiplas, o que na maioria dos casos produzia o mesmo efeito prático de um bando de dados.

Da primeira versão até a atual 3.0A, uma série de novas facilidades tem sido introduzidas, como:
Comandos para a programação estruturada;
Bloqueio automático automático de registros em sistemas multiusuários/multitarefa;
Tratamento completo do vídeo, cores etc;
Acesso as interrupções do sistema operacional;
Instalação do COBOL para compilação de programas fonte de mainframe, supermicro ou microcomputador;
Geração de código executável aproveitando instruções de máquina dos processadores 80286 e 80386.

Outro aspecto notável do COBOL são os seus limites:

Tamanho máximo de um arquivo: 2000 Mbytes
Tamanho máximo de um registro: 62 Kbytes
Máximo de chaves por arquivo: sem limite
Tamanho máximo de uma chave: 225 bytes
Tamanho máximo de campos: alfanumérico: 256 Mbytes
numérico editado: 512 Mbytes
Máximo de dimensões de tabela: 16
Tamanho máximo de um programa: Dados 256 Mbytes
Código: 4096 Mbytes

Obviamente estes limites estão acima de qualquer microcomputador hoje existente, e por isso podemos dizer que não existe nenhum limite para o tamanho de um programa em COBOL, ou para o tamanho dos arquivos que ele acessa. Além de não ter limites e aproveitar todos os recursos da máquina, são vantagem de COBOL:

Os programas fonte são extensos, porém são ao mesmo tempo organizados e facilmente legíveis:

A execução dos programas é muito rápida e confiável;

O tratamento de acesso a arquivos é automático, transparente ao programador, e não precisa de reindexações;

Existe compatibilidade a nível de programas fonte entre micro, rede, supermicro e mainframe, podendo inclusive um programa ser testado e depurado no micro, e transferido ao mainframe apenas quando pronto;

Trabalha perfeitamente com redes de micro, sem limite da quantidade de estações.

Devido a estes aspectos, O COBOL continua sendo uma ferramenta muito útil. Porém, como seu aprendizado é mais difícil, e uma linguagem restrita ao uso por profissionais de programação.

Leia mais sobre o assunto: Cobol.

1. AZEVEDO, Carlos Alberto. Linguagens de programação : entre o homem e a máuqina. Micro Sistemas, São Paulo, v. 4, n. 47, p. 12-17, ago. 1985.

2. BURKHALTER, Dick. To anyone moving cobol applications to micros. Computerworld In Depth, Framinghan, v. 18, n. 51, p. 1-10, dez. 1984.

3. DAMASIO, Esther. Opções para todos. Info, Rio de Janeiro, v. 7, n. 76, p. 12-19, maio 1989.

4. FEDANZO JR., Anthony. Running uor cobol on micros (at last some of it sometimes). Computerworld In Depth, Framinghan, v. 18, n. 51, p. 1-10, dez. 1984.

5. JOZE. A moda da casa: receitas para macetar o compilador cobol. Micro Mundo, Rio de Janeiro, v. 3, n. 13, p. 56-57, mar. 1984.

6. JOZE. Cobol fakadi en buts: três truques usando o formato Comp. Micro Mundo, Rio de Janeiro, v. 2, n. 11, p. 28-29, jan. 1984.

7. JOZE. Integrações em cobol. Micro Mundo, Rio de Janeiro, v. 2, n. 8, p. 86-90, out. 1983.

8. JOZE. Um sortilégio: como usar o sort intrínseco do cobol. Micro Mundo, Rio de Janeiro, v. 4, n. 29, p. 25-27, jul. 1985.

9. MOUTINHO, Fernando. Escolha bem a sua linguage: os prós e os contras das linguagem de programação mais utilizadas nos microcomputadores. Micro Mundo, Rio de Janeiro, v. 2, n. 10, p. 46-48, dezl. 1983.

10. TAURION, Cezar. Cobol 90: a ênfase da programação estruturada. Micro Mundo, Rio de Janeiro, v. 2, n. 6, p. 64-65, ago. 1983.