Vídeo para o seu PC

Escrito por Jefferson Henrique Marçal - GPT - Ramal 338

Hoje em dia é cada vez mais comum o microcomputador possuir em sua configuração placas que capturam sinais de TV e rádio. Geralmente são comercializados em conjunto com uma configuração de um kit multmídia (CD-ROM, placa de som 16bits, caixas e microfone), citando como exemplo o caso da Itautec (Linha INFOWAY.).

Isto mostra que é possível acoplar esta tecnologia em um equipamento que possa processar dados, gravar e reproduzir sons e imagens, além de sintonizar rádio e TV.O que temos são configurações independentes (placa de som, TV, captura de sinais de vídeo).

Normalmente há uma confusão, quando verificamos referências sobre placas de vídeos. Geralmente, quando falamos sobre placas de vídeo, automaticamente relacionamos as placas tradicionais VGA e SVGA. Esta nomenclatura é usada para a definição de placas gráficas. Placas de vídeo são aquelas capazes de manipular vídeo proveniente de uma câmera ou de um video-cassete. Estas placas captam estes sinais padrão NTSC gravando o resultado em alguns formatos como AVI e MPG.

Nesta gravação existe um processo de compressão, dependendo do hardware ou software que você esteja utilizando para gravar esta seqüência. Existem dois tipos de compressão de seqüências de vídeo:

Compressões a nível de software

Microsoft Vídeo 1 (Vídeo for Windows)
Indeo Vídeo (Intel)
Cinepak Codec Supermatch
Microsoft RLE

Compressões a nível de hardware

FAST M-JPEG
Targa
MPEG

A compressão feita a nível de software produz um arquivo de vídeo que roda nos chamados "micros normais". A mais comum, que encontramos em publicações, revistas eletrônicas como a NEO Interativa ou Enciclopédia Abril, são as compressões feitas pelo método Cinepak Codec Supermatch. Nesta configuração não há necessidade da instalação de drivers no painel de controle (controladores). Para se ter uma idéia, um vídeo de 35 segundos ocupa 12 Mbytes em janela 320 por 240 (pixels) no windows.

A compressão feita a nível de hardware é mais eficiente pois reduz drasticamente o espaço ocupado pelo arquivo, além de possuir uma alta qualidade da imagem capturada. O padrão que está sendo adotado pelo mercado é o MPEG (Moving Picture Experts Groups). Utiliza diversas técnicas para compressão que resultam em taxas de compressão de até 50:1 (50 por 1).

A desvantagem é que para exibir um vídeo comprimido por este método é preciso uma placa especial que chamamos de MPEG player.Já existem algumas placas gráficas (VGA e SVGA) que já possuem embutido um MPEG Player.
O processo de exibição do vídeo ocorre da seguinte forma:

Executando o seu vídeo de um programa como Media Player do Windows, ele, ao abrir o arquivo manda um comando para a placa que descomprime o arquivo. A placa gráfica executa um overlay (janela) onde será exibida a sequëncia de vídeo.

Utilizando a compressão por software o arquivo será descomprimido via microprocessador que às vezes não dá conta de todo este processamento, reduzindo o número de quadros por segundo (frame rate), perdendo-se qualidade na exibição.

Outra coisa que vale a pena mencionar é que estas placas capturam sinais do padrão NTSC ( padrão para o micro). A saída de filmadoras segue este padrão, mas a maioria dos VCRs do mercado nacional não possui a conversão automática PALM/NTSC. Neste caso temos que adaptar um transcoder para converter o nosso padrão (PALM) para o padrão do micro (NTSC).

Aqui na Gerência de Prospecção Tecnológica (GPT) temos testado dois tipos de placas: Vídeo Blaster SE100 e Movie Machine Pro. A primeira realiza compressão por software e a segunda por hardware.Estamos estudando outros padrões como M-JPEG que também possui uma excelente taxa de compressão, mas exige hardware especial.

Talvez no ano que vem já possamos contar com micros que possuem placas de captura e/ou reprodução de vídeos configurados de fábrica, como hoje acontece com os kits multimídia, evitando a dor de cabeça que é configurar IRQs e endereços de memória para este tipo de hardware.